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Dia do Idoso: serviços resgatam autoestima e bom humor para idosas de 90 anos
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Por Julya Feitoza (jfcarvalhoeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de SEGOV/SUB-COM


O Dia do Idoso, comemorado nesta quarta-feira (1º), reforça a importância de valorizar a terceira idade e ampliar o debate sobre envelhecimento ativo e saudável. Em Vitória, a população com 65 anos ou mais corresponde a 20,07% do total de moradores, conforme o Censo Demográfico de 2022, o que representa o maior percentual da Região Metropolitana da Grande Vitória.
A aposentada Jaldecira Almeida, de 90 anos, esbanja bom humor e frequenta o Centro de Convivência de Santo Antônio, equipamento da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). "É muito bom e maravilhoso. Meu grupo de convivência é o Vida Nova, o qual já frequento há muitos anos. Vim desde que me aposentei, no ano de 1992, e faço questão de me encontrar com a turma".
Geralda Pereira César, 91, também aposentada, lembra como foi a vinda para a capital e como os espaços criados para a "melhor idade" fazem parte de sua rotina e seu convívio. "Mudei para Vitória no dia 3 setembro de 1990 com meu marido e meus filhos. Em 2005, fiquei viúva e me chamaram para fazer parte do Centro de Convivência. Já fiz ginástica e atualmente, toda terça-feira, faço roda de conversa, artesanato e bordados. Tudo é muito bom, muitas mulheres unidas que se ajudam. Temos uma convivência linda e tenho muitas amizades".
A coordenadora do Centro de Convivência de Santo Antônio, Jizelly Sacht Damascena Gomes, pondera a importância do desenvolvimento de ações para o bem-estar da população idosa, que cresce cada vez mais. "Trabalhamos sempre enfatizando a sensibilização da sociedade para a questão do envelhecimento e também da necessidade de proteger e cuidar da nossa população idosa. O Centro de Convivência é um desses espaços de atenção, atendimento, de socialização, de descontração, de participação e de convivência, além de promover a autoestima e o bem-estar".
Políticas públicas
A Prefeitura de Vitória mantém programas para garantir a qualidade de vida às pessoas idosas e um novo sentido a suas rotinas. Além dos Centros de Convivência, a Semas desenvolve dois outros importantes projetos.
O Serviço de Atendimento no Domicílio para pessoas idosas e com deficiência (SAD), que é composto por uma equipe de referência, com técnico em Serviço Social, técnico em Psicologia e educador social. Inicialmente, é feita uma acolhida no domicílio explicando as atividades realizadas. Depois, o educador planeja as atividades a serem realizadas, com o objetivo de fortalecer os vínculos familiares e comunitários e trabalhar a rede de acesso a direitos.
A equipe busca realizar no domicílio um trabalho social com foco no assistido e em suas características e necessidades pessoais, desempenhando, assim, um serviço complementar ao Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), do Centro de Referência em Assistência Social (Cras).
O Cras desempenha papel essencial na rede socioassistencial, sendo a porta de entrada para serviços, benefícios e programas que garantem direitos e fortalecem vínculos familiares e comunitários. No caso do SAD, o atendimento é realizado diretamente na residência, priorizando pessoas em situação de vulnerabilidade social que tenham dificuldade de locomoção ou em situação de isolamento.
Já o Serviço Especializado de Acompanhamento Domiciliar (Sead) é um serviço especializado de acompanhamento em domicílio ofertado pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Ele atende idosos e pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida. As equipes do Sead acompanham as situações de risco pessoal e social por violações de direitos nas residências, a fim de fortalecer vínculos familiares e comunitários e traçar com a famíli, novas possibilidades de convívio.
Lindinalva Silva , de 97 anos, é só elogios aos serviços da rede socioassistencial. "Sou atendida pelo Cras, as meninas são ótimas, vêm na minha casa, fazemos trabalhos manuais, contamos histórias da minha vida, de como era de quando criança... Sou feliz pois tenho sempre alguém para conversar comigo e me tirar dessas preocupações da vida . Aos 97 anos, eu amo flores, mas a idade chega e pesa, mas eu tenho saúde, sou uma pessoa saudável e tenho muita fé em Deus. Sou acompanhada pelos meus filhos e pelas meninas do Cras, gosto de passear sozinha, pois eu sou independente . Eu estou feliz!"
Edivaldo da Silva Ramos , 67 anos, também é só felicidade: ""Deus me deu saúde para estar aqui, fiz algumas operações no joelho - seis no total -, até que conheci o Centro de Convivência, que foi na minha casa quando estava nessa situação, me deu apoio, e isso é muito bom porque é a união que fortalece".