Patrimônio histórico e cultural

Vitória foi fundada oficialmente no dia 8 de setembro de 1551. A cidade manteve seu traçado colonial até o início do século XX, quando foram produzidas mudanças urbanas e o perfil do território foi alterado por grandes aterros e obras viárias. Apesar dessas grandes transformações a área central conservou um grande acervo cultural, com patrimônios datados dos séculos XVI ao XX, por meios dos quais a memória da sociedade capixaba encontra grande parte de sua história.

Centro de Vitória possui igrejas e fortes transformados em monumentos históricos

Yuri Barichivich
Iluminação recuperada na Catedral Metropolitana de Vitória
Vitor Nogueira
Galeria do teatro, vazia e iluminada

Vitória é uma cidade de antigas edificações. Mesmo antes de tornar-se a capital do Espírito Santo, seu território já comportava capelas, fortes e espaços hoje transformados em monumentos históricos que trazem a história da dominação, da luta dos nativos e do desenvolvimento.

Ao chegar ao Centro de Vitória é possível encontrar construções em excelente estado de preservação, datadas a partir da primeira metade do século XVI, quando foram construídas, após o rei português Dom João III ter introduzido o sistema de donatários para cada Capitania - faixas de terra traçadas do litoral até a linha imaginária estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas.

A Capitania do Espírito Santo ficou sob o comando de Vasco Fernandes Coutinho, que iniciou a administração, colonização, proteção e desenvolvimento da região, conforme os objetivos de dominação da casa real portuguesa. O patrimônio histórico do Centro é mais antigo do que os das cidades de Ouro Preto (MG) e de São Paulo (SP).

Assim, antes mesmo de a cidade de Vitória ter sido fundada, a Capela de Santa Luzia foi construída por Duarte de Lemos, provavelmente após sua chegada à capitania, em 1537. A capela foi erguida sobre uma pedra, na região atualmente chamada de Cidade Alta. É a construção mais antiga de Vitória. Somente 17 anos depois, em 1554, a pouco menos de mil quilômetros de distância de Vitória, os jesuítas construíram o edifício de um colégio, marcando o início da cidade de São Paulo.

A pequena igreja do Centro de Vitória é ainda mais antiga do que a cidade colonial mineira de Ouro Preto, tida como uma das mais antigas do Brasil. Ouro Preto surgiu com o nome de Vila Rica entre 1693 e 1698, provavelmente a partir de uma expedição comandada pelo bandeirante Duarte Lopes. Ou seja, Ouro Preto surgiu 130 anos após a construção da Capela Santa Luzia.

Traçado colonial

Vitória foi fundada oficialmente no dia 8 de setembro de 1551. A cidade manteve seu traçado colonial até o início do século XX, quando foram produzidas mudanças urbanas e o perfil do território foi alterado por grandes aterros e obras viárias. Apesar dessas grandes transformações urbanas, a área central conservou um grande acervo cultural, com patrimônios datados dos séculos XVI ao XX, por meios dos quais a memória da sociedade capixaba encontra grande parte de sua história.

As mudanças urbanísticas no Centro de Vitória, principalmente a partir da década de 50 do último século, acompanharam a nova função comercial estabelecida para a região, transferindo-se para área norte da cidade a maioria das habitações.

Leia também

Última atualização pela SEMC em 06/06/2024, às 19h00

Basílica de Santo Antônio

Leonardo Silveira
Basílica (Santuário) de Santo Antônio

Edificação projetada e construída entre as décadas de 1950 e 70. A perfeição e simetria das formas remete a igreja bramantesca de Nossa Senhora da Consolação, um templo do século XVI, da cidade de Todi, na Itália. Os padres pavonianos contaram com a ajuda dos moradores do bairro de Santo Antônio, em mutirão, na construção do Santuário, hoje elevado a basílica. Foi dedicado ao antigo santo padroeiro da Cidade.



Onde fica

Av. Santo Antônio, 2030 - Santo Antônio, Vitória - ES - Ver no mapa
Horário de funcionamento: de segunda a sábado, das 8 às 12h, e de 14 às 17h
Telefone:(27) 3332-0373

Última atualização pela SEMC em 25/07/2024, às 16h28

Capela Santa Luzia

Paula Barreto
Capela de Santa Luzia
Foto Setur
Capela Santa Luzia

A Capela de Santa Luzia é um tesouro histórico e arquitetônico de Vitória, sendo considerada a construção mais antiga da cidade. Erguida no século XVI sobre uma rocha, servia originalmente como capela particular da fazenda de Duarte de Lemos, o primeiro morador da ilha de Santo Antônio, atualmente Vitória. As terras foram concedidas a Duarte de Lemos como sesmaria pelo primeiro donatário da Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho.

Com traços arquitetônicos simples, a capela apresenta uma nave retangular e capela-mor, características comuns das igrejas barrocas do estado, sugerindo alterações ao longo do tempo. Sua construção em pedra e cal de ostra, coberta com telhas de barro, reflete o estilo colonial brasileiro. A entrada única, coroada por um pequeno frontão datado do século XVIII ao lado da torre sineira, adiciona peculiaridade ao seu design.

Ao longo dos séculos, a capela passou por várias reformas, a primeira delas em 1812, possivelmente adicionando os traços barrocos que vemos hoje. Após servir como templo religioso por décadas, foi desocupada em 1928. Em 1943, foi restaurada e passou a funcionar como galeria de arte e Museu de Arte Sacra, destacando-se como um marco do início da colonização do Espírito Santo.

Sua importância histórica e cultural foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que a tombou em 1946, garantindo sua preservação para as gerações futuras. A Capela de Santa Luzia é, portanto, não apenas um monumento arquitetônico, mas também um símbolo da rica história e patrimônio cultural de Vitória e do Espírito Santo.

Última atualização pela SEMC em 29/05/2024, às 17h08

Casa Porto das Artes Plásticas

Yuri Barichivich
Casa Porto

A Casa Porto das Artes Plásticas, instalada em um prédio histórico de 1903, é um local para exposições de artistas locais e nacionais. Além de incentivar o trabalho dos artistas, a Casa Porto estimula a apreciação das obras pelo público e contribui para a maior compreensão acerca da arte visual.

Em abril de 2014, depois de cinco anos fechado para reformas, o espaço foi reaberto, ampliado e restaurado, com programação de oficinas e a mostra retrospectiva "Dos Salões à Bienal do Mar", um recorte histórico com trabalhos vencedores dos Salões e Bienais do Mar, que mostram a importância tanto do espaço quanto da produção artística local para a arte nacional.

O espaço, sediado às portas do Centro histórico da capital, abre também uma oportunidade para que os visitantes conheçam um pouco mais sobre a história de Vitória, do Espírito Santo e do Brasil. A primeira exposição de artes plásticas foi realizada no local em 1999, ano em que o prédio passou a funcionar como espaço cultural, e homenageou os 448 anos de Vitória. "Visão da minha Vitória às Vésperas do Novo Milênio" reuniu obras inéditas de artistas plásticos capixabas e teve como referência um texto homônimo do historiador Renato Pacheco sobre a trajetória histórica da cidade.

No ano seguinte, outra exposição buscou resgatar e preservar a memória cultural do país. "Cabral: o Viajante do Rei" fazia parte do projeto "Memória - Brasil 500 anos", financiado e organizado pelas fundações Banco do Brasil e Odebrecht. A mostra contou com um espaço dedicado as medalhas da série "Descobrimento", cunhadas pela Casa da Moeda do Brasil.

Fotografia, gravura, desenho, pintura, escultura: várias são as técnicas apreciadas nas exposições da Casa Porto, espaço que contribui para a revelação de novos talentos.

Onde fica

Praça Manoel Silvino Monjardim, 66, Centro (antiga sede da Capitania dos Portos) - Ver no mapa

Última atualização pela SEMC em 25/07/2024, às 16h36

Casarão Cerqueira Lima abriga Gabinete do Centro e exposição de arte

André Sobral
Casarão Cerqueira Lima

Com mais de 100 anos de existência, o Casarão Cerqueira Lima é uma das construções históricas mais bonitas do Centro de Vitória. Localizado na região da Cidade Alta, onde está o Palácio Anchieta, o local foi transformado em galeria de arte e desde o dia 31 de julho de 2014 abriga o Gabinete do Centro.

O espaço, que conta com recepção, sala de reuniões, banheiros, jardim e estacionamento, é usado pelo Prefeito de Vitória e sua equipe para atendimento e despachos de demandas da administração municipal.

O Conselho Municipal de Cultura aprovou por unanimidade a instalação do gabinete dividindo espaço com a exposição no Casarão. As iniciativas fazem parte do projeto de resgate e valorização do Centro.

Onde fica

Rua Muniz Freire, 23, Cidade Alta, Centro - Ver no mapa
Telefone: (27) 3132-5067

Última atualização pela SEMC em 07/06/2024, às 18h45

Casarios Coloniais

Paula Barreto
Casario Colonial João Marcelino

A Rua José Marcelino abriga os dois únicos sobrados do período colonial que sobreviveram a época das modernizações na cidade de Vitória. Os edifícios são geminados e tem plantas retangulares, com telhados de telhas canal em duas águas e beiral em beira-seveira, apoiado por cimalha.

Ambos foram tombados em 1967 pelo antigo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - SPHAN. O sobrado de número 203/205 abriga hoje a 21ª Superintendência Regional do IPHAN.

Onde fica

Rua José Marcelino, Centro Histórico, Vitória - ES - Ver no mapa

Última atualização pela SEMC em 06/06/2024, às 19h40

Catedral Metropolitana de Vitória

Arquivo PMV/Secom
Catedral - Centro de Vitória

A história da Catedral Metropolitana de Vitória remonta ao século XVI, quando uma capela foi provavelmente construída por volta de 1550, tornando-se um marco central na então Vila de Nossa Senhora da Vitória. Inicialmente uma capela simples, seu local de fundação é considerado o ponto inicial da cidade.

No início do século XVIII, a capela foi elevada à categoria de igreja matriz, mas ao final do mesmo século, devido ao seu estado precário, foi demolida para dar lugar a uma nova igreja matriz, que existiu até 1918. Esta segunda igreja, ainda em estilo colonial, foi designada como catedral com a criação da Diocese do Espírito Santo em 1895, sob o episcopado de Dom João Batista Correia Néri.

Kadidja Fernandes
Vitrais da catedral

No entanto, devido ao aumento da população e à necessidade de uma estrutura mais adequada, essa igreja foi demolida para dar lugar à construção da atual Catedral Metropolitana de Vitória. As obras começaram em 1920 e foram concluídas em 1970, resultando em uma majestosa estrutura que se destaca na paisagem urbana da cidade.

Projetada pelo arquiteto Paulo Motta, que também foi responsável pelo projeto do Parque Moscoso, a catedral passou por várias modificações ao longo dos anos, contando com a colaboração de diversos artistas e arquitetos. Sua arquitetura eclética, com características neogóticas, e os belos vitrais em suas paredes a tornam um símbolo importante da cidade de Vitória.

Kadidja Fernandes
Vitrais da Catedral Metropolitana de Vitória

Em reconhecimento à sua importância histórica e arquitetônica, a Catedral Metropolitana foi tombada pelo Conselho Estadual de Cultura em maio de 1984, garantindo sua preservação para as futuras gerações.






Visitas monitoradas e gratuitas, de quarta a domingo, inclusive feriados, das 13 às 17 horas.

Onde fica

Praça Dom Luiz Scortegagna - Centro - Ver no mapa
Telefone: (27) 3223-0590

Última atualização pela SEMC em 29/05/2024, às 17h37

Centro Cultural SESC Glória

Elizabeth Nader
Teatro Glória

Edificado em concreto armado e revestimento em pó de pedra o Teatro Glória foi projetado pelo arquiteto alemão Ricardo Wright e apresenta elementos da arquitetura eclética com uso de sacadas, balaústres e o coroamento com cúpula na esquina.

Primeira construção com cinco andares da cidade. Adquirido pelo SESC, abriga um novo Centro Cultural de excelência Nacional. Possui teatro, cinema e salas para apresentações culturais.

Onde fica

Av. Jerônimo Monteiro, 428 - Centro Histórico, Vitória - ES - Ver no mapa
Tel.:(27) 3223-0720

Última atualização pela SEMC em 25/07/2024, às 16h40

Convento São Francisco e Capela Nossa Senhora das Neves

Paula Barreto
Sinalização turísitca
Elizabeth Nader
Convento São Francisco

O Convento São Francisco foi erguido no final do século XVI pelos padres franciscanos, atendendo a um pedido do segundo donatário da Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho Filho. Junto à igreja dedicada a São Francisco de Assis, o complexo incluía o monastério, onde os frades viviam em recolhimento, oração, trabalho e estudos, além da Capela da Ordem Terceira da Penitência. Este foi o primeiro convento franciscano construído na região Sul do Brasil Colônia.

Posteriormente, um cemitério municipal foi adicionado ao conjunto, permanecendo em uso até 1908. Nas proximidades, uma capela dedicada a Nossa Senhora das Neves foi convertida em necrotério. A estrutura da capela, em estilo colonial, ainda existe dentro do convento até os dias de hoje.

O convento foi um importante centro de atividades religiosas, abrigando várias irmandades, incluindo a Irmandade de São Benedito, que promovia festas e procissões na cidade. Com o tempo, o convento foi utilizado para diversos fins, como escola e enfermaria durante as epidemias do século XIX.
Ao longo do século XX, o convento teve diversos usos, incluindo um orfanato, residência episcopal, rádio, colégio e residência das Irmãs Carmelitas. Atualmente, é sede da Cúria Metropolitana e de várias entidades ligadas à Igreja Católica.

O frontispício do convento, reformado em 1744 e 1784, é o que resta da estrutura original. Em reconhecimento à sua importância histórica, o convento foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura em 1984, marcando o espaço como o local onde foi construído o primeiro convento franciscano na Região Sul do Brasil Colônia.

Última atualização pela SEMC em 29/05/2024, às 18h26

Escadaria Bárbara Lindenberg

Central de Serviços
Limpeza na Escadaria Bárbara Lindemberg no Centro

A Escadaria do Palácio, um marco histórico que remonta ao século XVII, tem uma história rica e cheia de transformações que refletem a evolução da cidade ao longo dos anos. Originalmente conhecida como ladeira Padre Inácio, em homenagem a Santo Inácio de Loiola, fundador da Companhia de Jesus, esta via íngreme passou por várias mudanças de nome ao longo dos séculos.

No século XIX, após a visita de Dom Pedro II ao Espírito Santo em 1860, a ladeira foi rebatizada como ladeira do Imperador, em honra ao monarca. Posteriormente, em 1883, foi transformada em uma majestosa escadaria, com seis ordens de degraus e planos calçados a paralelepípedos, iluminada por lampiões a gás.

Durante o governo de Jerônimo Monteiro, a escadaria foi redesenhada e ganhou sua forma atual, sob a supervisão do engenheiro Justin Norbert. Decorada com quatro imponentes estátuas de mármore representando as estações do ano, além de uma estátua central de um adolescente sentado sobre um delfim estilizado, a escadaria tornou-se um verdadeiro ponto de referência na cidade.

Apesar do recente nome Bárbara Lindenberg, em homenagem a uma figura local, o povo continua a chamá-la carinhosamente de Escadaria do Palácio, um testemunho vivo da história e identidade da cidade. Esta icônica estrutura não apenas serve como uma passagem vital entre os níveis da cidade, mas também como um símbolo de sua herança cultural e arquitetônica, que merece ser apreciada e preservada por gerações futuras.

Onde fica

Escadaria Bárbara Lindenberg, Centro Histórico, Vitória - ES - Ver no mapa

Última atualização pela SEMC em 29/05/2024, às 18h08

Escadaria Maria Ortiz

Paula Barreto
Escadaria Maria Ortiz

A história da Escadaria Maria Ortiz é uma narrativa que evoca coragem, resistência e vitória sobre adversidades. Seu nome é uma homenagem à jovem Maria Ortiz, cujo ato de bravura ficou marcado para sempre nos anais da história capixaba.

No fatídico dia 10 de março de 1625, a barra de Vitória viu a chegada de oito naus holandesas, lideradas pelo almirante Piet Heyn, em uma tentativa de conquistar a ilha. Os corsários tentaram avançar pela estreita rampa conhecida como Ladeira do Pelourinho, em direção à Cidade Alta, o coração da vila. No entanto, foram confrontados pela coragem e astúcia de Maria Ortiz, que, do alto de sua janela, defendeu sua terra natal, arremessando água fervente e, posteriormente, incendiando uma das peças bélicas dos invasores.

O gesto de Maria Ortiz não apenas inspirou seus vizinhos a resistirem, mas também galvanizou o povo capixaba para expulsar os invasores, garantindo a segurança e a liberdade da ilha. Em reconhecimento a sua bravura, a ladeira foi nomeada em sua honra em 1899 e, em 1924, foi remodelada e transformada na imponente Escadaria Maria Ortiz.

Projetada pelo engenheiro Henrique Novaes, a escadaria era inicialmente ladeada por belas residências coloniais, que foram sacrificadas em nome do progresso e da modernização da capital capixaba. No entanto, a essência da história e da coragem de Maria Ortiz continua a ecoar nas pedras e degraus desta icônica escadaria, que serve como um lembrete perene da resiliência do povo capixaba diante das adversidades.

Escadaria Maria Ortiz, Centro Histórico, Vitória - ES - Ver no mapa

Última atualização pela SEMC em 29/05/2024, às 18h20

Escadaria São Diogo

Kadidja Fernandes
Escadaria São Diogo

A Escadaria de São Diogo tem suas raízes históricas no antigo Forte São Diogo, que desempenhava um papel crucial na proteção da cidade de Vitória. Estrategicamente posicionado para monitorar o acesso à cidade alta, o forte guardava o braço de mar que se estendia da Baía de Vitória em direção à Praça Costa Pereira, passando pela Fonte Grande e pelo Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo.

Com o crescimento da cidade e a necessidade de expansão, partes do canal de Vitória foram aterradas, tornando o forte obsoleto no século XIX e levando à sua remoção. No local onde antes ficava o forte, foi construída a escadaria, inicialmente chamada de Ladeira da Pedra, devido à sua característica de ter uma escada esculpida diretamente na pedra bruta.

A história da escadaria é marcada por transformações ao longo dos anos. Em 1930, durante a gestão do governador João Punaro Bley, o espaço passou por melhorias e recebeu o nome Escadaria de São Diogo. Em 1942, uma nova escadaria foi erguida, exibindo um estilo eclético que conferiu maior imponência em relação ao desenho colonial anterior.

Apesar de sua discrição na paisagem urbana, a Escadaria de São Diogo continua a desempenhar um papel importante, conectando a cidade baixa, a partir da Praça Costa Pereira, à cidade alta, próxima à Catedral Metropolitana. Sua restauração em 2019, por meio de uma parceria entre a Prefeitura de Vitória e o Governo Federal, ressalta o compromisso em preservar e revitalizar esses marcos históricos para as gerações futuras.

Onde fica

Escadaria São Diogo, Centro Histórico, Vitória - ES - Ver no mapa

Última atualização pela SEMC em 14/08/2024, às 16h03

Escola de Teatro, Dança e Música FAFI

Samira Gasparini
Fachada da Fafi

A Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música, carinhosamente conhecida como FAFI, é um verdadeiro ponto de referência na cena cultural de Vitória, Espírito Santo. Desde sua fundação em 1992, esta instituição educacional pública e gratuita tem desempenhado um papel vital na formação de talentos nas áreas de dança e teatro.

Localizada em um prédio de grande significado histórico e arquitetônico, projetado pelo renomado arquiteto tcheco-slovaco Josef Pitlik e inaugurado em 1926, a FAFI tem uma trajetória marcada por diversos episódios significativos. Durante o período da ditadura militar, parte de sua estrutura serviu como depósito para obras literárias consideradas subversivas, refletindo o contexto político conturbado da época.

Em 1982, o prédio foi reconhecido pelo Conselho Estadual de Cultura como patrimônio cultural, consolidando sua importância histórica e artística. A partir de então, passou por uma transformação significativa, tornando-se a sede da Escola de Artes, que oferecia oficinas em diversas áreas artísticas.

Foi somente em 1992 que a FAFI assumiu sua identidade como Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música, ampliando sua oferta educacional para incluir cursos especializados nessas áreas. Desde então, tem sido um espaço de aprendizado e criação para inúmeros estudantes e artistas capixabas, mantendo uma programação cultural ativa e enriquecedora para a comunidade local.

Onde fica

Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música FAFI
Av. Jerônimo Monteiro, 656 - Centro Histórico, Vitória - ES - Ver no mapa
Funcionamento: segunda a sexta das 8 às 21h30
Telefone: (27) 3381-6921
Espaço Cultural FAFI
Rua Coutinho Mascarenhas, 36, Centro Histórico, Vitória - ES - Ver no mapa
Telefone: (27) 3381-6922

Última atualização pela SEMC em 29/05/2024, às 18h22

Forte São João

O Forte São João - atualmente conhecido como Saldanha da Gama - foi construído, no início do século XVIII, para ser uma fortaleza e proteger a ilha de Vitória de invasões estrangeiras. Depois, funcionou como cassino e foi, durante décadas, sede de um tradicional clube de regatas da cidade - o que lhe valeu o nome pelo qual é conhecido até hoje. Essa é a história do Saldanha da Gama, prédio comprado e reformado pela Prefeitura de Vitória, local aberto à visitação pública e atual sede da Secretaria de Esportes e Lazer

Tudo começou em 1592, quando o pirata inglês Thomas Cavendish se aproximou com sua esquadra da ilha de Vitória, depois de um saque bem-sucedido a Santos, Estado de São Paulo.

Para se defenderem dos invasores, os habitantes da Vila de Vitória improvisaram, com madeira, pedras, areia, dois fortes na baía: um na base do Morro do Penedo e outro no Morro do Vigia. Depois da expulsão dos piratas, o forte do Penedo foi gradativamente desativado. Já a construção erguida do outro lado da baía foi mantida e deu origem ao Forte São João.

Saldanha da Gama

Muralha e canhões

Entre 1678 e 1682, a fortaleza passou por um processo de recuperação, mas foi em 1726, com um projeto do engenheiro Nicolau de Abreu, que o Forte São João foi erguido. A estrutura, com um pavimento, contava também com muralha de proteção, merlões, canhoneiras e 10 canhões. Data de 1767 o registro da primeira planta do forte, feita pelo engenheiro José Antônio Caldas.

Em 1808, o Forte São João foi ampliado, com a construção, ao fundo, de uma área mais alta que as demais. Depois de oito décadas e de muitas batalhas em defesa do território, o forte foi desativado. A edificação e o seu entorno foram vendidos e a área passou a se chamar Chácara do Bispo.

Em 1924, a edificação foi comprada, reformada e ampliada, passando a contar com três andares e uma entrada para o pavimento superior, pela avenida Vitória. A fachada também sofreu grande mudança, ganhando um aspecto eclético. No local iniciaram-se as atividades do Cassino Trianon, que lá funcionou até 1930.

Clube se instala nos anos 30 e transforma uso de prédio

O prédio do antigo Forte São João foi oficialmente comprado pelo Clube de Regatas Saldanha da Gama em 1931. Para empreender mais uma reforma na edificação, em 1934 contratou-se André Carloni, renomado construtor da época. A construção ganhou um passadiço e nova sacada. O salão foi ampliado e a fachada, modificada. Na década de 40, o prédio já contava com cinco pavimentos, incluindo o térreo e as duas torres.

O pátio, que antes abrigava brinquedos, como um carrossel, passou a ser espaço aberto à prática de esportes, festas e solenidades. No local, jogavam-se basquete e futebol e também batizavam-se os barcos de remo, esporte que era orgulho do clube.

Quando foi oficialmente comprado pelo Clube de Regatas Saldanha da Gama, em 1931, o prédio do antigo Forte São João ainda estava às margens da baía e esportes como o remo, a natação e o polo aquático eram muito praticados pelos atletas do clube.

Uma piscina flutuante era montada na baía com a ajuda de barcos e bóias, que demarcavam as margens, para a disputa das provas de natação e jogos de pólo aquático.

A intensa prática de esportes levou atletas do clube a se destacarem estadual e nacionalmente. O mais brilhante da história do Saldanha da Gama foi o desportista Wilson Freitas que, remando, levou a tradição do Saldanha para fora do Espírito Santo. Em sua homenagem, seu nome foi dado ao ginásio que o clube construiu ao lado do antigo forte e seu túmulo foi decorado com a escultura de um barco de remo.

Prédio permanece com o nome Saldanha da Gama

O antigo Forte São João passou a se chamar Clube de Regatas Saldanha da Gama, quando em 1931 começou a abrigar oficialmente a sede social do clube.

O nome é uma homenagem ao almirante Luís Filipe Saldanha da Gama, que nasceu em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, em abril de 1846.

Durante os anos que ocupou o prédio, o clube, fundado em 1902, marcou a vida de moradores de Vitória. A edificação - agora sede da Secretaria de Esportes e Lazer e ponto turístico aberto à visitação pública - avança na história com o nome Saldanha da Gama, conservando parte do que representou na vida dos capixabas.

Onde fica

Endereço: Av. Vitória, 320 - Centro, Vitória (ES)

Última atualização pela SEMC em 18/07/2024, às 14h38

Galeria Homero Massena

A Galeria Homero Massena é um espaço voltado para produção contemporânea de artes visuais. Inclui em sua programação as exposições selecionadas pelos editais anuais, mostras do acervo e ações educativas. As atividades desenvolvidas em cada exposição propiciam a interação entre o público, a obra, o artista, os educadores e a equipe institucional. Acontecem no espaço visitas mediadas, rodas de conversa com o artista, encontros de educadores e oficinas acessíveis.

Onde fica

Rua Pedro Palácios, 99 - Centro Histórico, Vitória, ES - Ver no mapa
De segunda a sexta, das 9 às 18h, sábados, das 13 às 18h.
Telefone: (27) 3223-5590

* Fechada durante o período de montagem das exposições.

Última atualização pela SEMC em 06/06/2024, às 19h35

Igreja e Convento Nossa Senhora do Carmo

Arquivo SECOM/PMV
Igreja do Carmo
Arquivo SECOM/PMV
Fachada Igreja do Carmo

No século XVII, o donatário da Capitania do Espírito Santo, Francisco Gil de Araújo, convidou os padres carmelitas para se estabelecerem na região, doando um grande terreno nas proximidades da Vila de Vitória. Por volta de 1675, os padres começaram a construção do Convento de Nossa Senhora do Monte do Carmo, que incluía também a Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo e a Capela da Ordem Terceira. Todo o conjunto arquitetônico seguia o estilo colonial, com características barrocas.

No decorrer dos anos, o convento teve diversos usos, sendo inclusive assumido pelo governo provincial em 1872, que o utilizou para várias finalidades, incluindo abrigar um quartel militar. Entre 1910 e 1913, passou por reformas significativas, adicionando mais um andar à estrutura original. A igreja, por sua vez, recebeu uma renovação em seu estilo arquitetônico, adotando elementos ecléticos com influências góticas.  Uma capela adjacente à igreja foi demolida em 1930. Em reconhecimento à sua importância histórica e arquitetônica, a fachada do convento foi tombada pelo Conselho Estadual de Cultura em 1984. A igreja ainda preserva diversas imagens em seus altares e quadros da Via-Crucis, contribuindo para sua relevância cultural e religiosa na região

Onde fica

Ruas Coronel Monjardim e Coutinho Mascarenhas, Centro - Ver no mapa
Telefone: (27) 3223-0158

Última atualização pela SEMC em 29/05/2024, às 17h40

Igreja Nossa Senhora do Rosário

Carlos Antolini
Igreja Nossa Senhora do Rosário - Projeto Visitar
Arquivo Secom
Projeto Visitar Igreja do Rosário

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Negros é muito mais do que uma estrutura religiosa; é um testemunho vivo da história e da cultura afro-brasileira em Vitória, Espírito Santo. Sua construção teve início em 1765 pelas mãos da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, com o objetivo de venerar a padroeira dos negros.

Durante dois anos, a edificação da igreja foi conduzida pela mão de obra escrava, resultando em uma imponente estrutura de pedra e cal, composta por nave, capela-mor, sacristia e corredor adornado com os ossos dos antigos membros da irmandade. Quatro altares embelezam seu interior, sendo o principal deles datado de 1911 e abrigando a imagem da padroeira.

Ao lado da igreja, foi erguida a "Casa de Leilão", uma instituição com o nobre propósito de arrecadar fundos para a compra da alforria de escravos. Essa prática humanitária reflete o compromisso da irmandade com a justiça social e a libertação dos cativos.

Em 1833, um acontecimento marcante moldou a história da igreja: o roubo da imagem de São Benedito do Convento de São Francisco e sua transferência para a Igreja do Rosário. Esse episódio deu origem às famosas disputas entre os membros das irmandades, conhecidos como Peroás e Caramurus.

Localizada afastada do núcleo original da cidade, a igreja possui uma entrada principal acessada por uma extensa escadaria, voltada para o mar. Ao lado, um cemitério foi construído para oferecer um local de repouso aos irmãos negros, uma vez que os cemitérios públicos da época recusavam os corpos dos negros, mesmo aqueles que haviam sido alforriados.

Hoje, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Negros é um patrimônio histórico nacional, preservando as características originais de sua fachada colonial e seu frontão barroco. Ao lado, o Museu de São Benedito do Rosário resgata toda a rica história da igreja, exibindo peças sacras e antigas vestimentas utilizadas pela irmandade, assim como o imponente andor usado durante as famosas procissões.

Onde fica

Rua do Rosário, Cidade Alta - Centro - Ver no mapa
Telefone: (27) 3235-7444

Última atualização pela SEMC em 29/05/2024, às 17h11

Igreja São Gonçalo

Marcos Salles
Fachada da Igreja São Gonçalo
Thalles Waichert
Projeto Visitar

No local onde hoje está erguido o templo, havia uma capela dedicada à Nossa Senhora do Amparo e da Boa Morte, construída pela Irmandade de mesmo nome. Em 1715, a irmandade solicitou ao bispado a autorização para a construção de uma nova igreja, dedicada a São Gonçalo Garcia. Esta igreja, construída em pedra e cal, teve sua conclusão em 6 de novembro de 1766 e foi consagrada ao santo português pelo padre Antônio Pereira Carneiro e pelo vigário Antônio Xavier da Vila de Vitória.

Inicialmente, o orago da igreja foi escolhido devido à identificação do próprio grupo que a fundou, composto por mulatos, assim como São Gonçalo. Porém, ao longo do tempo, a igreja começou a ser associada à imagem do santo como protetor dos casamentos.

O templo apresenta características barrocas em sua fachada e altar-mor, com entalhes em madeira pintados a ouro. No entanto, embora tenha havido uma tentativa de manutenção do estilo barroco por meio das curvas e contracurvas na arquitetura, não é possível afirmar com certeza que pertença a esse estilo, provavelmente se aproximando mais do século XIX.

Dentro da igreja, encontram-se duas preciosas imagens portuguesas do século XVII, provenientes da antiga Igreja de São Tiago (atual Palácio Anchieta): Santo Inácio de Loyola e São Francisco Xavier.

Conhecida como a "igreja dos casamentos duradouros", a igreja de São Gonçalo serviu como sede paroquial e exerceu as funções de Catedral após a desapropriação da Igreja de São Tiago e a demolição da antiga Igreja Matriz. Sua importância histórica e arquitetônica levou ao tombamento pelo IPHAN em 1948

Onde fica

Rua São Gonçalo - Centro - Ver no mapa
Telefone: (27) 3233-2856

Última atualização pela SEMC em 29/05/2024, às 17h41

Ilha das Caieiras

Samira Gasparini
Píer da Ilha das Caieiras

Localizada no lado noroeste da Ilha de Vitória, teve sua ocupação iniciada com o primeiro donatário da capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho. A Ilha foi centro de movimentação comercial, pois o escoamento da produção de café era feito em canoas por rio até a baía noroeste antes de chegar no Porto de Vitória.

Originada de uma vila de pescadores, a comunidade possui um estreito relacionamento com a pesca que, junto com atividade de desfiar siri e a tradição gastronômica, consolidam a cultura local. A região é conhecida por abrigar as Desfiadeiras de Siri e restaurantes de culinária típica. Do local os visitantes podem avistar diversos monumentos naturais.

A Ilha das Caieiras é um dos quatro polos gastronômicos criados pela Prefeitura de Vitória para incrementar o turismo e a culinária local - os outros são Curva da Jurema, Triângulo das Bermudas, na Praia do Canto, e Rua da Lama, em Jardim da Penha.

O serviço de bares e restaurantes está disponível de segunda a sábado, das 8h às 18h30 e aos domingos, das 9h às 15h.

Onde fica

Rodovia Serafim Derenzi e Rua Felicidade Correia dos Santos, Ilha das Caieiras, Vitória, ES - Ver no mapa

Última atualização pela SEMC em 06/06/2024, às 19h36

Mercado São Sebastião

Elizabeth Nader
Natal Sustentável no Mercado São Sebastião

Edificado em 1945, época de grande prosperidade econômica em que Vitória buscava se equiparar a grandeza arquitetônica de metrópoles como Rio de Janeiro e São Paulo. Das poucas obras deste período que foram resguardadas, o Mercado faz parte do grupo representativo da produção capixaba do início do século XX.

Conhecido por ser o primeiro mercado construído fora do centro da cidade, abrigava açougueiros, verdureiros e peixeiros. A criação de espaços desta natureza data de uma época em que cabia ao município a responsabilidade de garantir o abastecimento de gêneros alimentícios para a população.

É tombado como patrimônio histórico de Vitória. Suas obras de restauração, concluídas em 2009, resgataram sua estrutura original.

Onde fica

Rua Lisandro Nicoletti, 31, Jucutuquara, Vitória, ES - Ver no mapa

Última atualização pela SEMC em 06/06/2024, às 19h14

Museu Capixaba do Negro - MUCANE

André Sobral
Fachada do MUCANE - Museu Capixaba do Negro

O Museu Capixaba do Negro "Verônica da Pas" (Mucane) é um espaço de convergência de diversos serviços destinados à população. O edifício original foi totalmente restaurado e modernizado. Está equipado com auditório, biblioteca, área de eventos, museu e mezaninos. Entre os objetivos da revitalização está o de propiciar meios para o desenvolvimento de ações educativas que promovam a conscientização sobre a importância da preservação do patrimônio histórico-arquitetõnico da capital capixaba. O Museu também é um centro de referência à cultura negra.







Onde fica

Avenida República, 121, Centro Histórico, Vitória - ES - Ver no mapa
Funcionamento: de segunda a sexta, das  9 às 17  e sábados das 9 às 13 horas.
Telefone: (27) 99873-4596

Última atualização pela SEMC em 19/11/2024, às 17h38

Museu de Arte do Espírito Santo - MAES

Samira Gasparini
Exposição Triunfos do carnaval no Mae
Kadidja Fernandes
Maes

Construído nos anos de 1924 e 1925 é o primeiro de uma série de prédios públicos construídos por Florentino Avidos para dotar o Estado de infraestrutura e apresentar a população à nova arquitetura para a cidade. Implantado em terreno de esquina, apresenta um estilo eclético de arquitetura. Tombado pelo Conselho Estadual de Cultura em 1983, abrigou serviços públicos e, em 1998, foi inaugurado como Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo.

Possui área com cinco salas e hall, além de auditório para 40 pessoas. Oferece exposições de arte e ações educativas como palestras, oficinas, cursos e seminários nas áreas de Artes, Patrimônio e Museologia. O local abriga ainda um acervo e uma biblioteca.

Acesso ao espaço durante as exposições ou para consultas na Biblioteca. Atualmente fechado para obras pelo Governo do Estado.

Onde fica

Avenida Jerônimo Monteiro, 557, Centro Hitórico, Vitória - ES - Ver no mapa
Telefone: (27) 3132-8393
Horário de visitação:
De terça a sexta-feira, das 10 às 18 horas, e sábado, domingo e feriados, das 12 às 18 horas

Última atualização pela SEMC em 25/07/2024, às 16h37

Museu do Pescador

Elizabeth Nader
Exposição Fotografica Caieiras Ilha de Luz e Cores no Museu do Pescador na Ilha das Caieiras

O Museu Histórico da Ilha das Caieiras Manoel Passos Lyrio é uma antiga reivindicação da comunidade e se constitui como um museu comunitário. Sua sede é uma antiga casa de secos e molhados, construído na década de 1930.

Fica localizado num celeiro de manifestações culturais, em uma posição central da Região de São Pedro. Desde o final do século XIX, o bairro constituía um ponto de parada de rotas comerciais vindas do interior do Estado através da navegação fluvial realizada no rio de Santa Maria.

Onde fica

Rua Felicidade Correia dos Santos, 1095, Ilha das Caieiras, Vitória - ES - Ver no mapa
De terça a sexta, das 12 às 17h; sábados e domingos, das 12 às 16h
Telefone (27) 3323-9993

Última atualização pela SEMC em 25/07/2024, às 16h39

Museu São Benedito do Rosário

É um pequeno museu localizado no andar superior da Igreja do Rosário, que resgata um pouco da história de peroás e caramurus, apresentando imagens e peças utilizadas pela Irmandade de São Benedito, inclusive antigas vestes e um andor que pesa cerca de 400 quilos, usados pelos fiéis durante as famosas procissões.

Onde fica

Rua do Rosário, Cidade Alta - Centro - Ver no mapa
Telefone: (27) 3235-7444

Última atualização pela SEMC em 25/07/2024, às 16h39

Museu Solar Monjardim

Carlos Antolini
Museu Solar Monjardim
Erlon Boechat
Museu solar Monjardim

Único museu federal do Espírito Santo. Possui um grande acervo que inclui os mais diversos tipos de objetos como peças de arte sacra, mobiliário, documentos, fotografias, cristais e porcelanas. O Solar Monjardim está atualmente estruturado como um museu-casa, revelando aspectos da vida cotidiana de uma família abastada do século XIX.

O museu se localiza no casarão que constituía a antiga sede da fazenda Jucutuquara, cuja construção teve início na década de 1780. Este foi o primeiro edifício tombado em nível nacional no Espírito Santo, em 1940, por ser uma referência expressiva da arquitetura rural colonial brasileira, tendo suas características muito bem conservadas.

Onde fica

Avenida Paulino Müller, Jucutuquara - Vitória - ES - Ver no mapa
Telefone: (27) 3223-6609

Última atualização pela SEMC em 25/07/2024, às 16h39

Palácio Anchieta

Victor Nogueira
Palácio Anchieta

O Palácio Anchieta, uma das mais antigas sedes de governo do Brasil, tem uma história rica e multifacetada. Sua construção teve início no século XVI para abrigar o colégio jesuíta, mas foi durante o período em que os padres Brás Lourenço e José de Anchieta estiveram na cidade que o edifício recebeu uma base mais sólida. Anchieta, uma figura proeminente na ordem jesuíta, é lembrado por seu trabalho com os nativos da região.

Até meados do século XVIII, o Palácio Anchieta foi o lar do Colégio de São Tiago, onde eram ministradas aulas de diversas disciplinas, desde leitura e escrita até Filosofia e Teologia. Além disso, o colégio servia como centro administrativo e de missões dos jesuítas na região, enquanto a Igreja de São Tiago desempenhava um papel espiritual importante na sociedade.

Após a expulsão dos jesuítas de Portugal e suas colônias no século XVIII, por ordem de Dom José, rei português, os bens da ordem foram incorporados ao governo. O colégio foi transformado em sede do governo, abrigando diversos serviços públicos, como o Hospital Militar, o Quartel e a Fazenda.

No início do século XX, durante o governo de Jerônimo Monteiro, o palácio passou por reformas significativas, sendo a igreja desativada e drasticamente alterada em sua aparência. A fachada foi remodelada pelo engenheiro francês Justin Norbert, adotando elementos ecléticos característicos da época.

Ao longo dos séculos, o Palácio Anchieta testemunhou transformações políticas e sociais, mantendo-se como um símbolo histórico e cultural de grande importância para o estado do Espírito Santo. Seu restauro em 2004 foi um marco na preservação do patrimônio histórico da região, garantindo que sua história continue a ser celebrada e compartilhada com as gerações futuras.

Onde fica

Rua Pedro Palácios - Centro Histórico, Vitória, ES - Ver no mapa
Tel: (27) 3636-1032 e 3636-1048

Última atualização pela SEMC em 29/05/2024, às 17h16

Paneleiras de Goiabeiras

André Sobral
Galpão das Paneleiras

A fabricação artesanal das panelas de barro é oficio das paneleiras de Goiabeiras, constituindo um saber passado por gerações há mais de 400 anos. A técnica utilizada é de origem índigena caracterizada por modelagem manual, queima a céu aberto e aplicação da tintura de tanino. Esse saber foi apropriado dos índios, por colonos e descedentes de escravos que vieram ocupar a margem do manguezal.

A panela de barro de Goiabeiras, a torta, e a moqueca capixabas são ícones da identidade local. O ofício das paneleiras foi reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro, registrado em 2000, no Livro dos Saberes, do Instituto do Patrimônio Artístico Nacional - IPHAN.

Onde fica

Galpão das Paneleiras
Rua Leopoldo Gomes Salles, 55, Goiabeiras, Vitória - ES - Ver no mapa
Horário de funcionamento:
Segunda a sábado, das 8h às 18h30, e aos domingos, das 8h às 15h.
Tel: (27) 3327-0519

Última atualização pela SEMC em 25/07/2024, às 16h38

Teatro da UFES

Carlos Antolini
Campus da Ufes

Localizado no Campus de Goiabeiras, o Teatro Universitário é um importante espaço para a realização de eventos culturais como danças, apresentações teatrais, shows e eventos acadêmicos, como seminários, exposições, conferências e congressos.

Para que eventos deste porte pudessem ser realizados, o teatro foi todo equipado com som, luz e cenotécnica. Sua estrutura conta com grande estacionamento, 650 lugares e todo aparato técnico necessário para a execução de pequenos, médios e grandes eventos locais, nacionais e internacionais.

Onde fica

Av. Fernando Ferrari, s/n, Campus Universitário, Goiabeiras, Vitória - ES - Ver no mapa
Telefone: (27) 3335-2953

Última atualização pela SEMC em 25/07/2024, às 16h40

Teatro do SESI

Carlos Antolini
Viver o Livro em Cores

Inaugurado em julho de 2000, o espaço cultural Rui Lima do Nascimento, o Teatro do SESI, é palco de espetáculos nacionais e locais. Além de espetáculos teatrais, o teatro recebe shows musicais, apresentações de dança, festivais, etc.

Possui capacidade para 300 pesooas, ar-condicionado e estacionamento.






Onde fica

Rua Tupinambás, 240, Jardim da Penha - Ver no mapa
Telefone: (27) 3334-7323

Última atualização pela SEMC em 25/07/2024, às 16h41

Theatro Carlos Gomes

Diego Alves
Teatro Carlos Gomes - Homenagem as mulheres
Marcos Salles
Teatro Carlos Gomes

O Theatro Carlos Gomes foi construído em um período de importantes mudanças urbanas em Vitória, durante o governo de Florentino Avidos (1924-1928). Em 1924, o único teatro da cidade, o Melpômene, sofreu danos devido a um incêndio, levando o governo a aproveitar a oportunidade para expandir a Praça Costa Pereira e abrir a Rua Sete de Setembro. Comprometido com o município, o governo estadual assumiu a responsabilidade de construir um novo teatro no local.

Assim, o Theatro Carlos Gomes foi erguido por iniciativa do arquiteto autodidata e construtor André Carloni. Durante a construção, as colunas de ferro fundido do antigo Melpômene foram reutilizadas para sustentar os balcões e galerias do novo teatro. Concluído em janeiro de 1927, o teatro foi projetado em um estilo arquitetônico eclético.

Com a crise do café em 1929, o teatro foi arrendado a uma empresa particular e começou a ser utilizado também como cinema. Posteriormente, foi vendido ao governo estadual, que passou a administrá-lo. Em 1970, o teatro passou por uma extensa restauração devido à instabilidade do terreno, já que foi construído em uma área de aterro sobre o mar. Em reconhecimento à sua importância histórica e cultural, o Theatro Carlos Gomes foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura em 1983.

Onde fica

Praça Costa Pereira - Centro - Ver no mapa
Telefones: (27) 3132-8396 e 3132-8399

Última atualização pela SEMC em 29/05/2024, às 17h43

Viaduto Caramuru

Tadeu Bianconi
Viaduto Caramuru

O Viaduto Caramuru foi construído em 1925 com o objetivo de ligar as ruas Dom Fernando e Francisco Araújo e servir de passagem para o bonde, que então circulava pela Cidade Alta. O bonde, entretanto, nunca chegou a atravessar o viaduto, ou porque temiam que ele não aguentasse o peso ou porque o bonde não era capaz de fazer a curva que ligava as ruas ao viaduto.

Logo abaixo se encontra a rua Caramuru, local histórico onde teria ocorrido uma batalha contra holandeses que tentaram invadir a ilha em 1640. Naquela época, a ladeira levava ao Cais São Francisco, utilizado pelos freis do Convento São Francisco.

O nome do viaduto, e da rua sob ele, foi dado em homenagem aos Caramurus, membros da Irmandade de São Benedito do Convento São Francisco, que foi extinta no início do século XX. O nome surgiu a partir de conflitos com os irmãos de outra irmandade do mesmo santo, situada na Igreja do Rosário, que receberam o nome de Peroás.

Durante a década de 1930, algumas casas que ficavam próximas ao viaduto foram derrubadas para o alargamento da rua Caramuru e do viaduto, situado próximo também da Igreja de São Gonçalo. O viaduto foi reformado durante as décadas seguintes.

Onde fica

Rua Caramuru, Cidade Alta - Centro Histórico, Vitória - ES - Ver no mapa

Última atualização pela SEMC em 05/06/2024, às 14h24

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