Duas mulheres, de 24 anos, foram detidas pela Guarda Civil Municipal de Vitória após serem flagradas fazendo pichações, na noite de terça-feira (19), no Centro. Elas foram identificadas pelos operadores da Central de Monitoramento pichando uma mureta em frente aos armazéns do Porto de Vitória.
Ação da Guarda de Vitória
"Fomos comunicados pela nossa Central de Monitoramento de que havia duas pessoas, uma delas com uma criança no colo, realizando pichações e que elas teriam se deslocado para o ponto de ônibus na Avenida Getúlio Vargas. Com as características detalhadas de cada uma delas, fomos ao local e realizamos a condução", relatou o inspetor Wellington, da Equipe 12h da Guarda de Vitória.
As duas foram levadas para a Delegacia Regional de Vitória e apresentadas à autoridade de plantão. A criança foi entregue pela mãe a uma terceira pessoa que as acompanhava. Com uma das mulheres foi apreendida uma lata de tinta spray, escondida embaixo da axila no momento da abordagem. Ela já havia sido detida em 2022 pelo mesmo crime.
Projeto Viva Centro intensifica combate às pichações
Somente este ano, seis pessoas já foram conduzidas por pichação na capital. O enfrentamento ao problema faz parte do projeto Viva Centro, coordenado pela Secretaria de Segurança Urbana de Vitória em parceria com outras pastas da Prefeitura.
Desde o início de 2025, o projeto vem realizando ações estratégicas para melhorar o ambiente urbano, como podas de árvores, coleta de lixo, pintura de espaços públicos, entre outras intervenções. Entre as áreas contempladas estão a Praça Ubaldo Ramalhete e a Escadaria Dionísio Rosendo.
"O objetivo é minimizar a oportunidade de crime a partir do momento em que o local se torna atrativo para o convívio", explica o secretário de Segurança Urbana, Amarílio Boni.
Prevenção
Segundo Boni, a proposta é multidisciplinar e envolve urbanismo, paisagismo e gestão do espaço público. "Trata-se de uma abordagem que utiliza o design arquitetônico, o paisagismo e a gestão do ambiente para reduzir o crime e o medo do crime, incentivando a vigilância natural e o controle do acesso, além de reforçar o sentimento de pertencimento a um território. A ocupação dessas áreas de forma positiva passa a ser menos atrativa para atividades criminosas", detalhou.