Estudantes indígenas, da Aldeia Caieiras Velhas, visitam a floresta do Parque da Fonte Grande.
Estudantes indígenas das etnias Guarani e Tupiniquim, da Escola Estadual Indígena de Ensino Médio da Aldeia Caieiras Velhas, em Aracruz, realizam, na tarde desta quarta-feira (27), uma visita à Unidade de Conservação de Proteção Integral do Parque da Fonte Grande, em Vitória. O espaço abriga o maior remanescente de Mata Atlântica de encosta do município.
A atividade será um momento de vivência e troca de saberes entre os estudantes, que serão acompanhados pelo professor de Geografia, Ângelo de Sousa Zanoni, e a equipe técnica da Gerência de Educação Ambiental (GEA) da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam). Participam da vivência o educador ambiental e geógrafo Wilson de Souza e os estagiários de biologia Gladson Alvarenga Lima e Leonardo César da Silva Vieira.
Aprendizado em campo
O objetivo da ação é aliar os conteúdos trabalhados em sala de aula com a experiência prática na mata, utilizando a metodologia de interpretação ambiental durante as trilhas da Pedra da Batata e do Caracol. Os alunos também conhecerão os mirantes do parque, de onde puderão observar a fauna, a flora e os serviços ambientais ofertados pelo ecossistema, como a proteção das encostas do Maciço Central, a preservação de nascentes, a regulação do microclima, a fertilidade do solo, o uso de plantas medicinais e a contemplação das paisagens naturais, incluindo a foz dos principais rios que cortam Vitória.
Segundo o professor Ângelo, a visita contribui para ampliar a compreensão sobre a importância da Mata Atlântica na conservação da biodiversidade e na configuração física do Espírito Santo.
Foto Divulgação
Estudantes indígenas, da Aldeia Caieiras Velhas, visitam a floresta do Parque da Fonte Grande.
"O intuito é que os alunos reconheçam não apenas o valor ecológico, mas também os aspectos físicos do estado, como relevo, baías, planícies e aterros", explicou.
Para o educador ambiental Wilson de Souza, a iniciativa fortalece a integração entre conhecimento científico e saberes tradicionais. "Com o projeto Mata Atlântica: Floresta que Ensina, os estudantes vivenciam trilhas educativas, experimentam e refletem sobre a fauna e flora locais. Esse é um momento rico de troca de experiências e contemplação", destacou.
"Será um prazer receber um público que, apesar de jovem, carrega raízes ancestrais profundamente conectadas ao bioma. Os povos indígenas são tradicionalmente grandes conhecedores do ambiente em que vivem e têm muito a ensinar. Além das trilhas, teremos diálogos ambientais e ações voltadas à valorização da cultura indígena, suas tradições e modos de vida", completou Wilson.
Saiba mais:
O projeto Mata Atlântica: Floresta que Ensina, desenvolvido pela Gerência de Educação Ambiental da Semmam, pode ser conhecido por meio da plataforma InterageVix, que reúne informações sobre as iniciativas de educação ambiental realizadas nas unidades de conservação do Maciço Central de Vitória.