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Aprovação de alunos do programa Escola em Tempo Integral já chega a 93,5%

Publicada em 07/11/2017, às 14h24 | Atualizada em 07/11/2017, às 15h57

Por Fabrícia Kirmse, com edição de Matheus Thebaldi


Yuri Barichivich
Escola em tempo integral
Alto percentual de alunos aprovados é fruto do intenso trabalho da equipe escolar fundamentado em práticas educativas

O índice de aprovação dos estudantes no programa Escola em Tempo Integral na rede municipal de ensino de Vitória já é de 93,5%.

O programa, implantado em 2015 pela Secretaria Municipal de Educação (Seme), tem o objetivo de atender ao Plano Nacional de Educação, que prevê oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a contemplar, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica.

Entre os principais objetivos desse projeto, segundo a coordenadora do Núcleo de Coordenação e Acompanhamento às Escolas Municipais de Ensino Fundamental em Tempo Integral (EmefTI), Janine Ramos, está garantir condições para a melhoria contínua dos indicadores de aprovação, permanência e sucesso das aprendizagens dos estudantes, tendo em vista sua formação plena e integral, contribuindo para a realização do seu Projeto de Vida.

O alto percentual de estudantes aprovados, de acordo com Janine, é resultado do intenso trabalho da equipe escolar fundamentado em práticas educativas, como tutoria, acolhimento diário, formação de valores e do currículo.

Currículo ampliado

"Acreditamos que isso é fruto do currículo ampliado com componentes da parte diversificada, como Protagonismo, Projeto de Vida, Orientações de Estudos, Disciplinas Eletivas e Educação Científica e Tecnológica, organizados de forma integrada, rompendo com divisão de turno e contraturno. Tudo isso associado às práticas educativas, além da formação continuada dos profissionais, que, com muita dedicação, contribuem de forma significativa para a qualificação da aprendizagem dos estudantes", afirmou.

Os resultados dos processos de aprendizagem nas Escolas em Tempo Integral - Emefs Moacyr Avidos, Anacleta Schneider Lucas e Eunice Pereira Silveira -, destaca Janine Ramos, têm sido melhores a cada ano. Ela assinala que, no 2º trimestre de 2017, aproximadamente 70% dos estudantes estão com média igual ou superior a 60 pontos em todas as disciplinas.

Números

Douglas Schneider
Disciplina eletiva
EmefTI: 70% dos estudantes estão com média igual ou superior a 60 pontos em todas as disciplinas

A Política de Educação Integral de Vitória efetiva-se por meio de três ações: atendimento às crianças e aos adolescentes na Educação Integral com jornada ampliada, a matrícula nas unidades de ensino em tempo integral e atividades intersetoriais para crianças e adolescentes munícipes da capital.

Atualmente, 6.914 estudantes participam da Educação Integral, cumprindo uma carga horária mínima de sete horas diárias de escolarização, segundo dados do Sistema de Gestão Escolar (SGE). Também há a possibilidade de atendimento a mais 2,6 mil munícipes em jornada ampliada com as atividades intersetoriais, que podem ser acessadas via plataforma de educação ampliada, no site da Prefeitura de Vitória.

A rede municipal de ensino de Vitória conta com três Emefs de Tempo Integral, um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) totalmente integral (Aécio Bispo dos Santos, no bairro Jaburu) e quatro Cmeis com algumas crianças matriculadas em tempo integral. A educação integral é desenvolvida em 46 Emefs, do total de 52, e em 41 Cmeis, do total de 50.

Currículo

A proposta educativa da Educação Integral do município considera a formação humana em todas as suas dimensões: cognitiva, afetivo-relacional, sociocultural, corporal, produtiva e ética, tendo como princípios o desenvolvimento da autonomia e o protagonismo dos estudantes, explica a coordenadora de Educação Integral da Seme, Fátima Burzlaff.

No Cmei em Tempo Integral, Fátima enfatiza que a proposta curricular está baseada nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil e tem como eixo de trabalho as brincadeiras e as interações para desenvolvimento integral das crianças em suas diversas dimensões, considerando-a como produtora de cultura e sujeito de direitos.

"A organização das práticas pedagógicas contempla as diferentes linguagens nos espaços-tempo, transformando-os em ambientes potentes de aprendizagem".

Referência

Fátima Burzlaff destaca ainda que as experiências curriculares da educação integral de Vitória têm sido referência no âmbito nacional. "Recentemente, fomos escolhidos, juntamente com Belo Horizonte, entre tantas cidades do País, como referência curricular para educação integral em pesquisa realizada pela Faculdade de Educação da USP, na organização do livro 'Currículo para a Formação Integral', da professora doutora Cláudia Valentina Assumpção Galian".


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