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Vitória promove evento em alusão ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial

Publicada em 18/05/2022, às 12h55 | Atualizada em 18/05/2022, às 18h15

Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


  • Saúde e bem-estar

Foto Divulgação
Evento em alusão ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial
Evento em alusão ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial. (ampliar)
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Evento em alusão ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial
Evento em alusão ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial. (ampliar)

Uma tarde cheia de músicas, atividades e confraternizações, para celebrar a liberdade e a cidadania. Assim foi o evento realizado de forma antecipada, nesta terça-feira (17), no Parque Pedra da Cebola, pelos Centros de Atenção Psicossocial de Vitória (Caps) em alusão ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial, que tem como data oficial o dia 18 de maio.

Pacientes e familiares dos atendidos pelos quatro Caps de Vitória, puderam participar de oficinas de origami e mandalas, praticar thai chi, provar dos chás feitos a partir de plantas existentes em jardins terapêuticos dos Caps, participar de uma grande roda de terapia comunitária, além de ouvir e cantar clássicas músicas populares brasileiras.

Valmir Brandão Krotel, pai de um dos atendidos pelo Caps, fez questão de participar do evento para apoiar seu filho, Felipe Fernandes Krotel, que elogiou muito a ação. "Não é todo dia que estou com meu pai e ao mesmo tempo com o pessoal do Caps. Ver todos juntos é muito bom", declarou Felipe.

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Evento em alusão ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial
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Evento em alusão ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial
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Outra família que participou da ação foi a do pequeno Santiago Nascimento dos Santos, 10 anos. Ele é acompanhado pelo Caps Infantojuvenil há três anos e, segundo sua tia, Marineuza Dias e sua madrinha, Luciana Oliveira Nunes, o serviço tem feito muita diferença na vida da criança. "No Caps, o Santiago, ocupa o tempo ocioso, faz amigos, além, é claro, de receber muito carinho e acompanhamento dos profissionais. E sempre que podemos estamos presentes em ações como essa, afinal esse é o papel da família", declara Luciana.

Liberdade e cidadania

O psicólogo e referência técnica em Saúde Mental de Vitória, Rodrigo Santos Scarabelli, lembra que a reforma psiquiátrica é recente, feita em 2001, quando determinou o fim dos manicômios e propôs outra forma de cuidado aos pacientes com transtorno mental grave. Ele também ressalta que isso aconteceu devido à constatação de violação de direitos humanos e da piora das condições dos pacientes, com o isolamento da sociedade e pela própria institucionalização.

Além de terapêutico para os pacientes, a realização do evento em espaço aberto da cidade simboliza esse novo paradigma de acompanhamento psicossocial, "não mais dentro de hospitais ou instituições, mas em liberdade, na comunidade, sendo garantidas a convivência familiar e comunitária dessas pessoas, resgatando sua dignidade, autonomia, cidadania e integração na sociedade", explica Rodrigo.

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Evento em alusão ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial
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