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Vitória utiliza plantas medicinais para promover saúde da população

Publicada em 01/09/2023, às 18h35 | Atualizada em 01/09/2023, às 18h50

Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes

Com a colaboração de Danilo Ascaciba


  • Saúde e bem-estar

Foto Divulgação
UBS Bairro da Penha promove chá da tarde com plantas medicinais
Unidade de Saúde do bairro Da Penha promove chá da tarde com plantas medicinais. (ampliar)
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UBS Bairro da Penha promove chá da tarde com plantas medicinais
Unidade de Saúde do bairro Da Penha promove chá da tarde com plantas medicinais. (ampliar)

Em Vitória, os moradores podem contar com recursos que mesclam conhecimentos tradicionais e saberes populares de forma complementar ao tratamento convencional em saúde: são as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). Uma dessas abordagens, relacionada às plantas medicinais e fitorerapia, está em ampliação em diversos espaços da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória (Semus).

Dentre esses locais encontra-se o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (Caps AD), que reinaugurou na última semana sua Horta Comunitária e seu Jardim Terapêutico. Segundo a psicóloga do local, Ana Paula Dettmann, mexer com a Horta e o Jardim como uma atividade terapêutica traz inúmeros benefícios. "O contato com a terra, a estimulação de consumo de plantas comestíveis em uma alimentação natural e saudável, o uso de chás como recursos terapêuticos naturais... Tudo isso alivia sintomas como, por exemplo, ansiedade e estresse, além de proporcionar uma reconexão com o simples e o natural que existem no interior de cada um de nós e também de toda uma coletividade", afirma Ana Paula.

Para a médica e referência em PICS de Vitória, Henriqueta Sacramento, as Hortas Comunitárias e os Jardins Terapêuticos trazem uma série de benefícios para a saúde individual e coletiva. "Esses espaços tornam o ambiente nas unidades de saúde mais acolhedores, auxiliam na integração entre os usuários e os servidores, estimulam a alimentação saudável, os cuidados integrativos e naturais", explica.

Além desses espaços, unidades de saúde também convidam pessoas da comunidade com conhecimento sobre plantas para rodas de conversa para trocas de mudas e diálogos sobre as propriedades medicinais do ponto de vista da valorização dos saberes tradicionais.

"As Práticas Integrativas e Complementares, trazem uma sensação de equilíbrio para o ambiente de trabalho também, uma vez que todos estão em harmonia, em um momento de troca de saberes pela promoção da saúde, e não para resolver uma doença. Isso tem um impacto positivo em todos, tanto em quem busca o atendimento quanto em quem oferece", afirma o diretor da UBS de Bairro da Penha, Lauer Marinho Sardenberg.

Hortas comunitárias e jardins terapêuticos

As construções das hortas comunitárias tem o intuito de aproximar a comunidade dos serviços de saúde para que as pessoas possam usufruir de todas as áreas da Unidade de Saúde. Os jardins terapêuticos, especificamente, preveem o cultivo de plantas medicinais que podem ser usadas como chás ou outros compostos terapêuticos, ingeridos como alimento ou prescritos para tratamentos de uma enfermidade, o jardim assim como a horta são construídos a partir das demandas específicas trazidas pelos munícipes.

Em Vitória, esses serviços acontecem em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Seme) e a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) uma vez que hortas comunitárias e jardins terapêuticos são implantados em escolas e equipamentos como abrigos. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) também participa por meio do apoio à produção e fornecimento de mudas de plantas medicinais do Viveiro de Plantas Medicinais localizado no Parque municipal de Tabuazeiro.

Referência em fitoterapia

O programa de fitoterapia de Vitória é referência nacional e começou antes de 1990. Naquela época, houve a inauguração da primeira horta medicinal e começou a produção de mudas para distribuir e incentivar o cultivo, o conhecimento sobre uso e o preparo correto dos chás e xaropes.

Os medicamentos fitoterápicos passaram a ser oferecidos a partir de 1996. Ao longo dos anos, a Semus instituiu a política municipal de plantas medicinais (2009) e posteriormente a política municipal das práticas integrativas e complementares na rede de atenção básica de Vitória.

Atualmente, todas as 29 unidades de saúde de Vitória oferecem tratamentos fitoterápicos com prescrição de medicamentos e dispensação nas farmácias dos serviços de saúde.


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