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Guarda Municipal realiza visitas a residências de vítimas de violência doméstica
Publicada em 11/12/2020, às 16h55
Por Melissa Künsch, com edição de Matheus Thebaldi
Agentes da Guarda Municipal de Vitória realizaram nesta quinta-feira (10) visitas a residências de mulheres com medidas protetivas contra agressores. O objetivo é analisar se os imóveis estão em locais de rápido acesso para equipes da Guarda Municipal chegarem em caso de acionamento do Botão do Pânico.
Atualmente, 20 mulheres em situação de violência são assistidas pelo Botão do Pânico. Quando elas se sentem em perigo diante de agressores, elas acionam o dispositivo. Imediatamente, a viatura da Guarda Municipal que receber o alerta se dirige até o local em que a vítima está.
"A Justiça envia o caso para o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cramsv), da Secretaria Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid), que nos solicita essa visita de viabilidade de atendimento. Vamos ao local e analisamos as vias de acesso à casa, além de coletar informações sobre o local de trabalho da vítima, a rotina diária e os locais em que ela se sente mais vulnerável. Fazemos esse trabalho para identificar a melhor forma de protegê-la e chegar até ela em menor tempo possível, caso o Botão do Pânico seja acionado", disse Rafael Barcelos, coordenador de Proteção Comunitária da Guarda Municipal.
Botão do Pânico
Desde 2013, mulheres em Vitória que se sentem ameaçadas por ex-maridos, namorados ou companheiros contam com um mecanismo importante de proteção: o Botão do Pânico.
O dispositivo faz parte de um projeto piloto lançado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJ-ES) em parceria com a Prefeitura de Vitória. O objetivo é reduzir os altos índices de violência doméstica registrados na capital.
O equipamento foi distribuído para mulheres que estão sob medida protetiva na 11ª Vara Criminal de Vitória e pode ser acionado caso o agressor não mantenha a distância mínima garantida pela Lei Maria da Penha. Ele capta e grava a conversa num raio de até cinco metros. A gravação pode ser utilizada como prova judicial.
O Botão do Pânico também dispara informações para a Central Integrada de Operações e Monitoramento (CIOM), com a localização exata da vítima, para que uma equipe se dirija ao local.