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Vix Cidadania leva dignidade e alimentação adequada a moradores de Vitória

Publicada em 04/04/2024, às 12h45 | Atualizada em 04/04/2024, às 14h28

Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


  • Erradicação da pobreza
  • Fome zero e agricultura sustentável
  • Redução das desigualdades
  • Paz, justiça e instituições eficazes

Foto Divulgação
Dona Jacilda, beneficiária do Vix + Cidadania
Dona Jacilda é atendida no Cras (Cras) Judite Francisca Venâncio, território São Pedro II e fala com alegria sobre o benefício do Vix + Cidadania. (ampliar)

O que te enche de alegria e faz seus olhos brilharem? Enquanto você pensa na melhor resposta, leia e veja o que disse de "bate e pronto" a idosa Jacilda Braga Viegas, de 79 anos. Ela é uma mulher cuja família é atendida no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Judite Francisca Venâncio, território São Pedro II, e tem os netos participantes de atividades no Centro de Convivência para Criança e Adolescente de Nova Palestina

Para ela, felicidade é seus netos alimentados. "Felicidade é abrir o armário e ter arroz, feijão e macarrão. Ter comida de verdade. Abrir o congelador e ver carne para fazer todos os dias. Não ter ninguém desnutrido. Todos comendo bem. 

Quanto ao que lhe dá orgulho, Jacilda disse que é saber valorizar o benefício Vix + Cidadania, concedido pela Prefeitura de Vitória, por intermédio da Secretaria de Assistência Social (Semas). O Vix é um programa de transferência de renda focado na segurança alimentar e nutricional, instituído pela Lei Nº 9.861/2022 e regulamentado pelo Decreto nº 21.156/2022. 

As famílias beneficiadas são selecionadas a partir dos critérios estabelecidos na Lei Municipal 9861\2022: ser residente e morador de Vitória; estar em situação de extrema pobreza, pobreza ou violação de direitos; inscrito no CadÚnico, atualizado a menos de dois anos; e estar registrado no sistema da Assistência Social de Vitória.

Por se encaixar em todos os critérios, a família de Jacilda é uma das mais de 5.500 famílias atendidas nesse um ano de implantação do Programa, o que representa um universo de quase 20 mil pessoas. 

"A fome dói. Eu já passei muita fome. Quando criança, na minha casa, a gente comia canjiquinha sem gordura com água e sal, angu de banana verde e café amargo para esquecer a fome. Eu era criança e, saia assim de casa para colher café. Era isso que a gente comia, mas isso não matava a fome", falou Jacilda.

Por isso, para ela, o dia mais feliz da sua vida é quando cai o dinheiro do Vix. "Faço a festa para os meus netos. Minha maior alegria é ver eles com a barriga cheia. Hoje, estou na glória. Aqui, tem três refeições por dia (café da manhã, almoço e jantar). Compro tudo e guardo bem guardado para não passarem necessidade. É muito triste uma criança dizer que está com fome", disse ela. 

Foto Divulgação
Dona Jacilda, beneficiária do Vix + Cidadania
Para dona Jacilda, o dia de fazer suas compras com o cartão e abastecer a dispensa é motivo de festa. (ampliar)

Direito à alimentação

Jacilda disse ter consciência do seu direito à alimentação e, por isso, foi atrás de ajuda para evitar que seus netos passassem pelo que já viveu por anos. " Eu queria estar trabalhando. Mas, agora, não consigo mais trabalhar do mesmo jeito. Eu criei meus filhos catando papelão na Vila Rubim, lavando galpão. Já corri muito trecho. Tenho filho formado, tenho um filho que foi morar nos Estados Unidos, mas deixou o meu neto. Não tenho aposentadoria nem pensão", disse ela.

A idosa é moradora de Nova Palestina, teve nove filhos (cinco já falecidos vítimas da violência), 11 netos, uma bisneta e mais um membro familiar a caminho.

"Recebo R$ 367,26 do Vix (de acordo com o número de pessoas declaradas no Cadúnico). Recebo e saio direto para comprar. Meu filho me pega e vamos para o mercado, onde compro fardos. Compro logo quatro pacotes de açúcar, arroz, macarrão, leite, três pacotes de feijão, sabão em pó. Esse dinheiro representa um alívio. Veio para tapar o buraco que estava aberto", declarou ela.

Ao saber desse relato, a gerente de Segurança Alimentar e Nutricional, Roseane Fernandes, disse que o relato de dona Jacilda traz, ao mesmo tempo, alegria e indignação. "Alegria pela certeza de estarmos no caminho certo, proporcionando a garantia do direito humano à alimentação. Indignação por saber que ainda há pessoas que passam fome, isso é inaceitável. O sentimento que fica é o de que avançamos, mas que precisamos e vamos avançar mais ainda", afirma.

A secretária de Assistência Social de Vitória, Cintya Schulz, enfatizou que Vitória tem se destacado em ações de segurança alimentar e nutricional, seja no incremento do desjejum escolar das turmas de tempo integral, seja no Vix + cidadania, ou mesmo nas grandes campanhas de captação de alimentos que a cidade vem fazendo quando há show de grandes artistas na cidade. "Várias ações são de Segurança Alimentar e Nutricional com o mesmo objetivo, o combate a fome da cidade de Vitória e estamos providenciando ofertas públicas planejadas e organizadas para fazer estes alimentos chegar a quem mais precisa", conta a secretária.


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