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Vitória 468 anos: música e parabéns no Parque Moscoso neste domingo
Publicada em 05/09/2019, às 13h33 | Atualizada em 05/09/2019, às 18h56
Por Matheus Thebaldi (mgthebaldieira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi
O parque mais tradicional e querido da cidade vai sediar a comemoração dos 468 anos da cidade de Vitória, neste domingo (8). O Parque Moscoso foi o local escolhido para dar os parabéns à capital. A festa será animada.
O "parabéns" será comandado pela Banda Marcial da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) João Bandeira, às 9 horas. Mas a comemoração não acaba por aí. Às 9h30, os alunos da Banda Marcial da Emef Moacyr Avidos farão uma apresentação especial.
Para fechar a festa com chave de ouro, às 10 horas, terá o show de Tunico da Vila.
Tunico
Antônio João e Pedro Caniné Ferreira, Tunico da Vila, é cantor, compositor, percussionista, benemérito do GRES Unidos de Vila Isabel, tem 46 anos, nasceu e cresceu na casa do Grajaú, aquela cantada nos versos de
“Madalena do Jucu” pelo seu pai Martinho da Vila.
Tunico foi músico profissional por 25 anos e o primeiro show de sua carreira foi em Guriri, no norte do Espírito Santo. Essa e outras coincidências traria anos mais tarde Tunico para esse Estado. Hoje ele é artista da Sony Music Brasil, gravou três álbuns, diversos clipes, firma-se como grata revelação do samba
contemporâneo, aliando sua vivência como músico a experiências ligadas ao seu pertencimento cultural.
Canta canções que contam histórias sobre a sua ancestralidade. Herdeiro do samba isabelense, conversa musicalmente com o seu público por meio de releituras e composições que reafirmam sua origem banta, seu som irreverente, com raízes fincadas no partido-alto, em temáticas íntimas sobre o cotidiano do povo negro, liberdade e sensualidade.
O que evidencia a influência do sagrado no samba, na obra de Martinho da Vila e de seus descendentes. Apresenta sambas de roda, de terreiro, afro-sambas, além de ritmos angolanos como o semba.
"O Espírito Santo faz parte da minha memória afetiva. Vitória é minha aldeia, parece Luanda", declara Tunico. Residindo desde 2016 no Espírito Santo, morador do bairro Jardim da Penha, na “ilha do congo” como ele chama carinhosamente a cidade que escolheu para viver.
Quis o destino que Tunico aportasse no Espírito Santo, quando casou com uma capixaba que conheceu no Rio quando ela cursava mestrado em Humanidades, Artes e Culturas, a própria autora, com quem teve uma filha em dezembro de 2018, Madalena do Espírito Santo Sathler Ferreira (in memoriam), que teve o primeiro nome escolhido pelo pai e o segundo pelo avô, que queria homenagear a terra da nora.
Depois decifraram pela rápida passagem de Madalena que ela havia escolhido seus pais e o "Espírito Santo" também era o seu. A criança veio ao mundo no dia 23 de dezembro, dia do Advento e partiu no dia 6 de janeiro, Dia de Reis que é tradicionalmente festejado com congo no Estado de origem de sua mãe. Ela nasceu no Rio de Janeiro, pois sofria de uma grave condição cardíaca congênita, a Síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo, e o estado possui referência hospitalar nessa cirurgia.
Nessa sexta-feira (6), Tunico da Vila lança nacionalmente seu terceiro single pela Sony Music Brasil, "É Dia de Rede no Mar, a canção ode a cultura e as pessoas que vivem à beira-mar no Espírito Santo: as paneleiras,
os pescadores, as desfiadeiras de siri. Povo que luta, sonha e sorri. As paisagens deslumbrantes inspiraram a trilha, que exalta a natureza da ilha de maneira única", numa homenagem aos 468 anos da cidade de Vitória.
Em junho de 2019, ele lançou seu último videoclipe “Quero, Quero”, com imagens do Mercado da Vila Rubim e da Feira Livre de Jardim da Penha, espaços públicos de Vitória, cidade que Tunico reside desde 2016.
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