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Tempo chuvoso é propício para proliferação de caramujos

Publicada em 13/04/2018, às 18h10 | Atualizada em 13/04/2018, às 18h17

Por SEGOV/SUB-COM (secomeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi

Com a colaboração de Giovana Rebuli


Elizabeth Nader
Coleta de caramujos africanos na Ilha do Frade
Equipe do CVSA faz monitoramento para controle dos caramujos africanos

Sempre que chove, a grama cresce, o número de insetos aumenta e, onde há infestação de caramujos africanos, eles aparecem.

O caramujo africano é um animal exótico, introduzido no Brasil na década de 80, tornando-se uma praga no meio ambiente por não haver predador natural para controlar sua população. Cada indivíduo pode colocar 400 ovos a cada postura, mas se locomovem e procriam em períodos de chuva.

Por isso, a orientação da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) para as pessoas que moram ou trabalham em locais com quintais é sempre manter esses ambientes limpos e capinados.

A bióloga do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA) Clara Scarpati explicou que as solicitações de apoio da equipe no combate aos caramujos são feitas por meio do Fala Vitória 156. Ela contou ainda que esses pedidos aumentam muito no período de chuva.

"Como essa é uma espécie exótica no nosso ambiente, precisamos monitorar os locais onde esses moluscos aparecem e orientar os moradores a prevenir o retorno desses caramujos após a visita da equipe técnica", explicou Clara.

Contato

A bióloga acrescentou que não há registros no Brasil de transmissão de doenças por esses animais, porém orientou a não ter contato direto com eles.

Divulgação Semus
Controle de caramujos africanos
Servidor do CVSA realiza aplicação de moluscicida na área lateral do Cmei Darcy Vargas

Nesta sexta-feira (13), uma equipe do CVSA esteve no terreno do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Darcy Vargas, em Bela Vista, identificou a presença de caramujos africanos e, após retirada desses animais, aplicou moluscicida.

Prevenção

Medidas simples podem colaborar na redução da população de animais sinantrópicos, tais como esses moluscos:

  • Manter o jardim, quintal e áreas verdes limpos e capinados, descartando resto de obra, entulho, pedras e acúmulo de material orgânico (capim, folhas e galhos), pois são esconderijos ideais para os moluscos;
  • Não lançar os caramujos em terrenos baldios, na rua ou diretamente no lixo, o que proporcionará um incremento na proliferação dessa praga urbana em outros locais;
  • Não esmagar os caramujos no local, o que promove exposição, apodrecimento de sua carne e acúmulo de moscas, baratas e roedores, com consequente produção de odor;

Orientações quanto à catação manual do caramujo africano:

  • Realizar catação manual dos caramujos nos quintais sempre com mãos protegidas por luvas ou sacolas plásticas;
  • Quebrar as cascas antes da incineração dentro de um balde, com um cabo de madeira de ponta quadrada, evitando que se tornem reservatórios de água para mosquitos e outros organismos;
  • Incinerá-los completamente com muito cuidado utilizando um copo de álcool e longe de crianças. De preferência, uma única pessoa deve executar o procedimento nessa seqüência: utilizar uma lata perfurada com pequenos furos ao fundo cobertos por um pano, visto que os caramujos soltam grande quantidade de água quando incinerados, o que acaba por apagar o fogo;
  • Após a queima, dispor o resto no lixo comum;
  • Fazer busca diária no terreno para verificar se não há outros locais onde existam moluscos;
  • O monitoramento do local precisa ser diário num primeiro momento, visto que cada postura dos caramujos pode conter centenas de ovos, que podem eclodir depois e infestar o ambiente local novamente, sempre que chover, estiver úmido ou nublado;
  • Não é recomendado o uso do sal para controle dos caramujos.

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