Prefeitura de Vitória

A nova gestão do Conselho Municipal de Direitos Humanos tomou posse nesta quinta-feira (16), durante solenidade realizada na Prefeitura. O grupo será responsável pelas ações nos próximos dois anos e conta com representantes do poder público e sociedade civil organizada.

Durante o ato, o prefeito em exercício, Sérgio Sá, destacou a importância da união dos membros do conselho no processo de desenvolvimento de políticas públicas para a sociedade. "Vocês têm a responsabilidade grande de levar essa discussão para que possa melhorar a visão das pessoas e qualificar a vida das minorias que têm tantas dificuldades", disse.

Em seu discurso, Sérgio Sá pediu ainda para que todos tenham o comprometimento para compreender a dinâmica pública. "Não deixem de se colocar com relação a qualquer ação que talvez não esteja seguindo o caminho certo. Tenho certeza que os conselhos têm papel fundamental e buscam direitos iguais para todos".

Representatividade

A secretária de Cidadania e Direitos Humanos de Vitória, Nara Borgo, agradeceu o trabalho realizado pela gestão anterior e lembrou que todos os debates sempre foram pautados pelos respeito e diálogo. Em sua fala, Nara destacou ainda a representatividade da nova diretoria.

"Fico muito feliz de ver tantas entidades diferentes aqui. Essa pluralidade vai ser muito importante. Espero que a gente avance muito mais nas políticas de Direitos Humanos e que Vitória seja uma referência para outros municípios".

As atas de todas as reuniões realizadas pelos conselhos estarão disponíveis para consulta no portal da Prefeitura de Vitória. Segundo Nara, essa é uma reivindicação antiga e que vai oferecer mais transparência à gestão.

"Só assim vamos ter uma cidade mais humana, mais justa, feliz e comprometida com a pauta dos Diretos Humanos".

Pioneirismo

O Conselho Municipal de Direitos Humanos de Vitória foi o primeiro a ser criado no Espírito Santo, há 10 anos. O primeiro presidente, o advogado Bruno Toledo, participou da solenidade e lembrou que essa luta, sobretudo no Brasil, sempre foi complicada. "Somos preconceituosos, racistas, homofóbicos e desiguais. E lutar pelos Direitos Humanos sempre será muito difícil".

Segundo Toledo, apesar das dificuldades, é preciso manter o otimismo. Ele lembrou que há 10 anos houve muita resistência para se criar o conselho e que tiveram que superá-la. "Acredito que não será fácil também para essa nova gestão. É preciso ter coragem, determinação. Lutar por Direitos Humanos é matar um leão por dia".

E concluiu: "É óbvio que o Conselho ao longo desses 10 anos conseguiu avanços significativos. A própria secretaria é fruto disso, é fruto da resistência da sociedade civil que está aqui brigando e persistindo nessa luta".