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Juventude Viva: servidores participam de oficina de enfrentamento ao racismo
Publicada em 03/11/2014, às 12h43
Por Patrícia Arruda, com edição de SEGOV/SUB-COM
Com a colaboração de Mayara Rangel
As ações do Plano Juventude Viva seguem a todo vapor. Com o objetivo de reduzir o índice de homicídios de jovens - especialmente de negros - na capital, será realizada nesta quarta-feira (5) a primeira oficina do projeto em Vitória. Com o tema "Identificação e Abordagem ao Racismo Institucional", ela acontece das 8 às 17 horas, na Casa dos Direitos, na Ilha de Santa Maria.
A iniciativa integra o eixo "Aperfeiçoamento Institucional", que parte do pressuposto de que é necessário enfrentar o racismo nas instituições que se relacionam com os jovens, como a escola, o sistema de saúde, a polícia, o sistema penitenciário, a Justiça, entre outros.
Dessa maneira, a oficina, voltada para os servidores que atuam nesses segmentos,- pretende contribuir para subsidiar a criação de diretrizes na gestão de políticas públicas para identificar, abordar o racismo institucional e promover a igualdade racial.
A oficina é uma iniciativa da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir/PR) em parceria com o Fundo para as Populações das Nações Unidas (UNFPA/ONU) e a Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos (Semcid).
Eixos
O lançamento do Plano Juventude Viva em Vitória aconteceu no dia 23 de setembro, no Museu Capixaba do Negro (Mucane). Na ocasião, foram apresentados os quatro eixos do projeto federal, que são "Desconstrução da violência", "Inclusão, emancipação e garantia de direitos"; "Transformação de territórios" e "Aperfeiçoamento institucional".
No Brasil, jovens negros entre 15 e 29 anos de periferias e regiões metropolitanas urbanas são as principais vítimas de homicídios. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais da metade (53,3%) dos 49.932 mortos por homicídios em 2010 eram jovens, dos quais 76,6%, negros (pretos e pardos) e 91,3%, do sexo masculino.
Dessa maneira, por meio de ações para reduzir a vulnerabilidade dos jovens em situações de violência física, o Plano Juventude Viva visa criar oportunidades de inclusão social e autonomia, serviços públicos e espaços de convivência em locais com altos índices de homicídio, além de aprimorar a atuação do Estado por meio do enfrentamento ao racismo institucional e da sensibilização de agentes públicos para o problema.