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Instituto Terra atuará em projetos de recomposição ambiental na capital

Publicada em 21/05/2015, às 18h26

Por Edlamara Conti (econtieira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de SEGOV/SUB-COM


André Sobral
Reunião Instituto Terra
Max da Mata, Jaeder Lopes Vieira, Bianca Assis e Sergio Peterle participaram da reunião que tratou da atuação do Instituto Terra em Vitória

Toda a experiência e o conhecimento acumulado pelo Instituto Terra em recuperação ecossistêmica estarão disponíveis para a Prefeitura de Vitória aplicar em projetos ambientais. O instituto, fundado pelo fotógrafo Sebastião Salgado e a esposa, Lélia Deluiz Wanick, em 1998, aceitou ampliar a área de atuação, que é restrita ao Vale do Rio Doce, e contribuir para a recomposição ambiental da capital capixaba.

"É a primeira vez que o Instituto Terra expande o foco de atuação para fora do Vale do Rio Doce. Esse precedente demonstra a forte ligação que o casal tem com Vitória e com o Estado", disse o analista ambiental sênior Jaeder Lopes Vieira, representante do Terra. Ele veio a Vitória na tarde desta quinta-feira (21) para anunciar a decisão do Conselho Gestor do instituto sobre a atuação em Vitória.

Para o prefeito Luciano Rezende, será uma honra contar com a equipe do Instituto Terra. "Vamos trabalhar em parceria com uma organização que tem um trabalho fantástico de recuperação ambiental da Mata Atlântica entre as cidades de Aimorés (MG) e Baixo Guandu (ES)", comemorou. O prefeito citou como trabalho inicial a recuperação das 48 nascentes da cidade, mapeadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam).

Ver as nascentes jorrando água pura e cercadas de mata recuperada também é a expectativa do secretário de Meio Ambiente de Vitória, Max da Mata. "Nosso trabalho só tem a ganhar com o know-how do Instituto Terra. Vamos entrar na etapa de analisar projetos e começar a concretizar nossas expectativas", disse.

A secretária de Gestão Estratégica, Bianca Assis Loureiro, e o coordenador do Programa Terra, Sergio Peterle, também participaram da reunião.

Instituto Terra

Trata-se de uma organização sem fins lucrativos, fruto da iniciativa de reverter o cenário de degradação ambiental em que se encontrava a antiga fazenda de gado adquirida da família de Sebastião Salgado, na cidade mineira de Aimorés.

Para devolver à natureza o que foi destruído em décadas de degradação, eles mobilizaram parceiros, captaram recursos e fundaram, em abril de 1998, a organização ambiental dedicada ao desenvolvimento sustentável do Vale do Rio Doce.

Por conta da atuação do Instituto Terra, mais de 7.000 hectares de áreas degradadas estão em processo de recuperação na região e mais de 4 milhões de mudas de espécies de Mata Atlântica já foram produzidas em seu viveiro para abastecer tanto os plantios na RPPN Fazenda Bulcão quanto os projetos de restauração que desenvolve na região.

A antiga fazenda de gado hoje abriga uma floresta rica em diversidade de espécies da flora de Mata Atlântica. A experiência comprova que junto a recuperação do verde, nascentes voltam a jorrar e espécies da fauna brasileira, em risco de extinção, voltam a ter um refúgio seguro.

As principais ações, atualmente, envolvem a restauração ecossistêmica, produção de mudas de Mata Atlântica, extensão ambiental, educação ambiental e pesquisa científica aplicada.


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