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Centro Histórico recebe a 24ª edição do Festival de Cinema de Vitória
Publicada em 29/08/2017, às 07h00
Por Leo Vais, com edição de Matheus Thebaldi
Vitória se torna a capital da sétima arte no mês de setembro. Mais importante evento da área cinematográfica no Espírito Santo, o Festival de Cinema de Vitória (antigo Vitória Cine Vídeo) chega à 24ª edição com uma programação intensa para os cinéfilos. Entre os dias 11 e 16 setembro, no Theatro Carlos Gomes, o público irá conferir curtas e longas de todo o Brasil, além de oficinas que fomentam a produção cinematográfica. Todas as atividades são gratuitas.
Serão 11 mostras, que exibirão 107 obras, selecionadas a partir de 1.048 inscrições vindas de todas as regiões do País, número recorde do festival. Os realizadores capixabas participaram em grande número da seleção, e o Espírito Santo é o estado com a maior fatia de obras na programação oficial, com um total de 27 títulos, entre ficções, documentários, animações e videoclipes.
Os filmes estão distribuídos na 21ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas; 7ª Mostra Competitiva Nacional de Longas; o 18º Festivalzinho de Cinema; a 7ª Mostra Quatro Estações; a 6ª Mostra Foco Capixaba; a 6ª Mostra Corsária; a 4ª Mostra de Animação; a 4ª Mostra Outros Olhares; a 2ª Mostra Mulheres no Cinema; a 2ª Mostra Cinema e Negritude; e a estreia da Mostra de Videoclipes.
Homenagens
Este ano, duas mulheres serão as homenageadas do Festival de Cinema de Vitória: as atrizes Margareth Galvão e Zezé Motta. Homenageada capixaba, Margareth Galvão coleciona, entre sets de filmagem e espetáculos de teatro, mais de 45 trabalhos como atriz, diretora e dramaturga. Por 16 anos, também dedicou-se a transmitir às novas gerações seu conhecimento como professora de teatro na Escola Técnica de Teatro, Dança e Música Fafi.
Margareth, que foi condecorada com a Comenda Maurício de Oliveira, atuou, entre curtas e longas-metragens, em filmes de diversos gêneros como “A Morte da Mulata” (2000), de Marcel Cordeiro; “Baseado em Estórias Reais” (2002), de Gustavo Moraes; “A Noite do Chupacabras”, de Rodrigo Aragão; e “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” (2013), de Rodrigo de Oliveira.
Zezé Motta é a homenageada nacional. Uma das figuras mais respeitadas da TV, do cinema e da música no Brasil, a artista participou de 41 filmes, 35 produções para a TV e 13 discos no currículo. Entre os destaques da sua carreira, estão os filmes “Rainha Diaba” (1974), de Antonio Carlos da Fontoura; “Orfeu” (1999), de Cacá Digues; “Cronicamente Inviável” (2000) e “Quanto Vale ou é Por Quilo?” (2005), de Sérgio Bianchi, além do clássico "Xica da Silva" (1976), também dirigido por Cacá Diegues.
Na TV, fez trabalhos como “Corpo a Corpo” (1984); “Kananga do Japão” (1989) e “A Próxima Vítima” (1995). Na música, foram 13 álbuns, com destaque para “Zezé Motta” (1978) e “Negritude” (1979), além de trabalhos dedicados à obra de grandes nomes como Elizeth Cardoso, Luiz Melodia e Jards Macalé.
Oficinas
O Festival de Cinema de Vitória fomenta não só a exibição da nova safra de filmes brasileiros, mas também diversos campos da produção cinematográfica. Serão quatro oficinas: Oficina de Realização em Cinema e Vídeo, com o cineasta Luiz Carlos Lacerda; Oficina de Crítica Cinematográfica, com o jornalista cultural André Dib; Oficina de Preparação de Atores, com o ator e diretor Jefferson Almeida; e Oficina de Animação 2D, com o cineasta Otto Guerra.
O 24º Festival de Cinema de Vitória é uma realização da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA), com o patrocínio do Ministério da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura, e da Petrobras, com o apoio institucional da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo, da Cesan, da Secretaria de Cultura da Universidade Federal do Espírito Santo, do Banestes e do Canal Brasil, e com o apoio da Rede Gazeta, da Prefeitura de Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc), ArcelorMittal, da Academia Internacional de Cinema, da CiaRio, da Mistika e da Link Digital.