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Carnaval: Barreiros abre os desfiles do Grupo Especial com problemas
Publicada em 30/01/2016, às 22h33
Por Carmem Tristão, com edição de SEGOV/SUB-COM


A abertura dos desfiles das escolas de samba que compõem o Grupo Especial do Carnaval de Vitória 2016 começou com alguns contratempos neste sábado (30). A Unidos de Barreiros entrou na avenida cerca de 30 minutos depois do sinal verde e sem comissão de frente.
Os componentes precisaram correr para não ultrapassar o limite máximo de 70 minutos de desfile e, assim, perder pontos na contagem dos julgadores. Pelo mesmo motivo, a bateria não parou no recuo e seguiu com o desfile.
Mesmo com a possibilidade de perder pontos, a vermelho e branco entrou na avenida animada para homenagear o cantor Martinho da Vila. É o caso da madrinha da escola, Gizeli Simon, que entrou confiante.
"Estou completando 21 anos como representante da vermelho e branco. Sempre fui madrinha de bateria, e essa é a primeira vez que saio representando toda a escola. E por causa disso estou nervosa como debutante. É muita responsabilidade pois o desenvolvimento na avenida é diferente. É teatral, é mais mostrar e apresentar do que sambar. Para fazer uma boa apresentação, me inspirei na atriz Cláudia Raia, que é madrinha da Beija-Flor, no Rio de Janeiro. Espero ter feito bonito, pois a escola merece", disse.
Com o enredo "Um sonho, de um sonho do Poeta. É Martinho lá da Vila", inspirado nos sucessos do cantor e compositor Martinho da Vila, a Unidos de Barreiros, que fica em São Cristóvão, em Vitória, levou para a avenida três carros alegóricos, 18 alas, 160 ritmistas e aproximadamente mil componentes.
Cada alegoria representou uma época da vida do artista, e a escola optou por não fazer uma história cronológica da vida dele. Ao invés disso, começou com o surgimento do poeta em Vila Izabel, e em seguida brincou com as palavras, principal motor da vida dele.
Isso foi representado na primeira alegoria, que resumiu o início da carreira de Martinho, lembrando a primeira canção de sucesso dele. O segundo carro representou o combustível do poeta: as letras, que originam as palavras e formam as composições. Esse carro também remeteu à lusofonia, que é o conjunto de identidades culturais existentes em países, regiões, estados ou cidades que falam a língua portuguesa.
Já a terceira alegoria remeteu à “africanidade” de Martinho e a luta do poeta pela igualdade das raças, lembrando que no Brasil ele é embaixador da África.
Barra do Jucu
Reduto do congo no Espírito Santo, Barra do Jucu, presente na música “Madalena”, também foi representada durante a evolução na avenida. “A homenagem não poderia ficar de fora, afinal de contas, a música 'Madalena' é o marco da representação do nosso estado, pois o artista levou o Espírito Santo para todo Brasil por meio da canção”, disse o carnavalesco, Gebran Smera.

