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Alunos do Ifes visitam obras de contenção de encostas da Prefeitura
Publicada em 24/07/2014, às 17h59
Por Marcus Monteiro (mmonteiroeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de SEGOV/SUB-COM
Alunos do curso de Estradas do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) tiveram uma aula diferente na tarde desta quinta-feira (24). Professora da disciplina "Construção Civil Pesada", a arquiteta Anny Zorzal os levou para ver de perto as obras de contenção de encostas realizadas pela Prefeitura de Vitória.
Duas obras foram visitadas: a contenção da rua Barão de Monjardim e a obra da Curva do Saldanha, que está em fase de desmobilização. O engenheiro da Prefeitura Nelson Almeida acompanhou o grupo e explicou todas as etapas desenvolvidas pela Gerência de Drenagem e Contenção de Encostas da Secretaria Municipal de Obras (Semob) para a realização de uma obra, seja ela programada ou fruto de um deslizamento. Essas duas obras foram emergenciais, resultados de movimentação de terra e rochas após fortes chuvas.
Primeiro, eles foram à Curva do Saldanha. As intervenções começaram no início do ano para reparar os danos causados pelas fortes chuvas de 18 de dezembro de 2013, quando um deslizamento de terra, rochas e vegetação invadiu uma faixa de tráfego da via. A encosta foi recoberta com 2,6 mil metros quadrados de uma malha de aço e presa na rocha com 600 grampos, alguns com até 5 metros de comprimento. Na área mais elevada, foram construídos contrafortes para conter grandes blocos de rochas.
Depois, os alunos foram à encosta da rua Barão de Monjardim, que deslizou no dia 19 de março de 2013 por ocasião de uma chuva de 260 milímetros em apenas 24 horas.
A área estava catalogada no mapeamento de risco da cidade como de "risco médio" e deslizou sem apresentar qualquer indício de perigo. Foram construídos contrafortes e uma escada hidráulica foi instalada ao longo dos 400 metros do declive para reduzir a velocidade das águas por ocasião das chuvas. Ao seu lado, muros de contenção foram dispostos em pares para formar platôs e segurar a terra e a vegetação.
Contato
Anny Zorzal explicou que a oportunidade para os alunos foi única, pois tiveram contato com as técnicas adotadas na encosta para estabilizá-la.
Alexandre Bianque, um dos alunos do curso de Estradas, disse que visitar as obras é importante para a sua formação técnica. "É muito bom unir a teoria da sala de aula com a prática. Vimos na teoria todas essas técnicas usadas para conter a encosta. Ver a aplicação de verdade é muito legal".
De janeiro de 2013 até os dias atuais, foram investidos R$ 23 milhões em 40 obras de contenção de encostas, beneficiando diversos bairros da cidade. Outras 51 intervenções estão previstas para iniciarem tão logo os projetos sejam concluídos e encaminhados para licitação.