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Minicursos e trabalhos marcam Seminário Nacional de Acidentes e Violência
Publicada em 07/12/2017, às 12h30 | Atualizada em 07/12/2017, às 15h42
Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi
Teve início nesta quarta-feira (6) o I Seminário Nacional de Acidentes e Violência, com o tema "Promoção, Prevenção e Assistência em Debate". O evento, que é organizado pelo Laboratório de Estudos Sobre Violência, Saúde e Acidentes (Lavisa), do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), acontece até sexta-feira (8) e conta com sete minicursos, conferências e mesa-redonda para discutir e dar visibilidade ao tema.
No primeiro dia do evento, os minicursos abordaram diferentes temas, como epidemiologia básica, desigualdades em saúde, linhas de cuidado de pessoas em situação de violência, ações e práticas educativas de prevenção de acidentes e violências. Médicos, enfermeiros, agentes de trânsito e assistentes sociais ministraram as formações.
No minicurso “Linhas de cuidado de pessoas em situação de violência”, ministrado pela referência técnica do Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde de Vitória (Nuprevi), Solange Drumond Lanna, foi abordado o cuidado que os profissionais que lidam com essas pessoas precisam ter em todo o processo de trabalho.
"É importante que o acolhimento e o atendimento a essas pessoas sejam humanizados. Mas as notificações e monitoramentos dos casos também são muito importantes para o aprimoramento de políticas de cuidado e de prevenção da violência”, explica Solange.
Lanna também destaca que até novembro de 2017 foram informados 1.926 casos de violência à vigilância em saúde. Cerca de 72% dessas notificações foram casos de violência contra mulheres de todas as faixas etárias.
Clícia Dora Rocha da Silva, diretora do Serviço de Atenção a Pessoas em Situação de Violência (Sasvi), foi uma das participantes do minicurso e destacou a importância desse tipo de evento. “É uma ótima oportunidade para aprender e trocar experiências com pessoas de outros municípios. Além disso, é importante falar desse tema tão difícil e desenvolver políticas que possam ajudar pessoas que passaram por algum tipo de violência”.
Fabio Lúcio, professor do departamento de enfermagem da Ufes, destaca que a sociedade e a economia do Brasil sofrem muito com acidentes de trânsito e violências. “O Brasil é o 4º país do mundo onde mais se morre no trânsito, perdendo apenas para a Índia, China e Estados Unidos. Em 2015, morreram quase 40 mil pessoas em acidentes no trânsito. Isso vai repercutir na saúde com internações, reabilitações dos acidentados".