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Vitória compartilha experiência no combate à esporotricose com o município de Serra
Publicada em 04/04/2025, às 00h00 | Atualizada em 04/04/2025, às 10h19
Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Maya Dorietto
Com a colaboração de Danilo Ascaciba
O Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA) recebeu profissionais da Secretaria de Saúde da Serra para falar sobre experiências exitosas da capital no combate à esporotricose na tarde da última quarta-feira (02). Dentre as ações positivas realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde de Vitória (Semus) estão a incorporação de Agentes de Combate às Endemias (ACE) nas Unidades Básicas de Saúde, além da inclusão de um Supervisor de Equipe para apoiar, conduzir e organizar melhor as equipes de ACE. Outra experiência exitosa é a contratação de empresa terceirizada para recolhimento de animais de rua com esporotricose para tratamento.
A diretora do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental de Vitória, Wanessa Andrade, falou sobre o cuidado necessário para lidar com essa doença. "Com essas estratégias conseguimos cuidar de animais que não tem nenhum responsável. Dessa forma, garantimos que os animais de rua sejam assistidos e interrompemos a transmissão da esporotricose para outros animais, seres humanos e ao ambiente".
Esporotricose, o que é?
A esporotricose é um tipo de micose causada por fungo, que vive naturalmente no solo (terra) e pode provocar lesões na pele em humanos e em animais, em especial nos gatos. Há registros de cães que também podem ter esporotricose, mas em menor número.
A transmissão normalmente acontece por meio de mordidas ou arranhões de gatos doentes. Outra forma de contágio é através do contato com o fungo presente no solo, em espinhos de plantas, folhas, madeiras ou cascas de árvores com a pele machucada (por isso, a esporotricose também é conhecida como doença do jardineiro).
Os sintomas entre seres humanos são: nódulos avermelhados que se transformam em feridas, principalmente na região das mãos, braços, pés, pernas e rosto. Muitas vezes essas lesões aparecem enfileiradas. A pessoa também pode apresentar dores articulares e febre.
Já entre os gatos os sintomas são: lesões na pele, principalmente, nas regiões da face e membros, que podem se espalhar pelo restante do corpo. Também pode haver perda de apetite, emagrecimento, espirros e secreção nasal.
A esporotricose pode ser diagnosticada com o uso de um bastonete com algodão ou a raspagem de um ferimento na pele para posterior observação do material coletado em um microscópio. Exames de sangue também podem ser empregados para ajudar a diagnosticar a esporotricose grave.
Tratamento
A doença tem cura e o tratamento é feito com uso de antifúngicos, que devem ser receitados por médicos ou médicos veterinários, tendo uma duração que pode variar de três a seis meses, ou mesmo um ano.
Tanto o diagnóstico quanto o tratamento em animais e seres humanos são ofertados pela rede municipal de saúde. Em Vitória, os animais podem ser diagnosticados e receber o medicamento do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental e os munícipes em qualquer uma das 29 Unidades Básicas de Saúde de Vitória.
Se você teve contato com um animal infectado e apresenta lesões na pele, consulte um médico. O tratamento deve ser iniciado o mais breve possível.
Agende a consulta do seu animal através do 156. Os animais acometidos não podem ser abandonados ou maltratados. Caso você tenha um acidente com animal doente, procure um médico veterinário e o Centro de Vigilância em Saúde Ambiental.