Prefeitura de Vitória

Vitória iniciou em agosto a ambientação e as atividades dos tutores e estudantes que estão participando do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET Saúde), do Ministério da Saúde.

Ao todo, 14 docentes e 56 estudantes dos cursos de Farmácia, Fisioterapia, Serviço Social, Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Terapia Ocupacional estão conhecendo as quatro unidades de saúde e as gerências da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória (Semus) em que irão atuar.

Dentre as tutoras que estarão realizando projetos na rede de saúde de Vitória, por meio desse programa, está a professora de Fisioterapia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Neville Ferreira de Oliveira. Para ela, essa interação entre ensino e serviços de saúde aprimora a formação de professores e estudantes.

"Estou muito impressionada positivamente com a Semus, especialmente em relação à vivência da gestão. Para nós da Universidade, está sendo uma oportunidade ímpar de desenvolver nossas habilidades, tanto como professores, quanto como profissionais da área da saúde. Então nossa expectativa é muito grande", afirmou Neville.

Os estudantes que estão participando do PET Saúde em Vitória afirmam que a experiência trará vivências que apenas a sala de aula não consegue oferecer. "É uma experiência muito proveitosa, tanto pelo tema, quanto pela convivência com estudantes de outros cursos da área da saúde. Ao vivenciarmos a gestão da saúde estamos ampliando nosso olhar sobre o SUS e sobre a saúde da mulher", explica Luíza Pereira Teixeira, estudante do 5º período de Nutrição da UFES.

Sua colega Karulliny Kassem Babawi, também do 5º período do curso de Nutrição da UFES, concorda e complementa "Nossa expectativa está lá em cima, principalmente porque teremos uma visão macro de como o sistema de saúde funciona aqui em Vitória", afirma.

Para a assessora técnica da Semus, Gloria Maria de Oliveira, a participação do município no programa federal denota a preocupação da Semus em trabalhar a contínua qualificação dos profissionais de saúde, tanto os que já estão trabalhando, quanto os que ainda estão na graduação.

"Essa parceria repercute muito positivamente tanto nos alunos, quanto nos professores, quanto nos currículos dessas instituições de ensino. Principalmente porque é esse contato com o usuário e sua realidade que vai influenciar todos esses atores. O encontro de teoria e prática na graduação faz muita diferença na formação final do profissional, porque também considera habilidades pessoais importantes para quem atua na área da saúde", explica Glória.

Até o momento, os estudantes, preceptores e tutores dos sete grupos que atuarão nas práticas da rede PMV/Semus já iniciaram suas apresentações, além de definirem as ações e estratégias para o início das atividades.

PET-Saúde 2022 - 2023

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) é uma ação do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, que visa à qualificação da integração ensino-serviço-comunidade, aprimorando, em serviço, o conhecimento dos profissionais da saúde, bem como dos estudantes dos cursos de graduação na área da saúde.

Os projetos da Secretaria de Saúde de Vitória, elaborados por meio da parceria da Escola Técnica do SUS (Etsus), UFES e EMESCAM, e aprovados junto ao Ministério da Saúde foram:

►Rede de Atenção à Saúde - Saúde da Mulher no Ciclo-Gravídico Puerperal na Atenção Primária, (parceria UFES);

►Atenção à Saúde das Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) na Atenção Primária à Saúde (parceria EMESCAM).

As ações serão previstas nos projetos desenvolvidos em Vitória, entre agosto de 2022 e julho de 2023, em quatro Unidades de Saúde e nas gerências da Assistência e Vigilância em Saúde e Coordenação de Informação em Saúde.

A diretora da Etsus, Josenan de Alcântara, explicou que para esse período de 12 meses em que estudantes, docentes e preceptores circularão pela rede de saúde de Vitória, estão previstas ações e atividades de educação permanente em saúde. Também, haverá o desenvolvimento de competências e habilidades de docentes, estudantes e profissionais das equipes envolvidas; articulação da instituição de ensino, serviços, controle social e gestão; planejamento ascendente, integrado e em rede, voltado para o fortalecimento da APS; melhoria dos indicadores de saúde, desenvolvimento de novas práticas na gestão, na assistência e no processo ensino-aprendizagem, pelo trabalho no SUS; e a construção de intervenções com base nas necessidades de saúde dos territórios, dentre outros.