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Plantio de árvores marca 30 anos da Recriação da Alfândega
Publicada em 27/09/2023, às 13h25 | Atualizada em 27/09/2023, às 13h29
Por Deyvison Longui, com edição de Andreza Lopes
O plantio de mudas de árvores marcou a comemoração dos 30 anos de Recriação da Alfândega do Porto de Vitória, na manhã desta quarta-feira (27). A entrada sul da capital, próximo à Rodoviária na Ilha do Príncipe, recebeu o plantio de 30 mudas de árvores de espécies diversas.
Na ocasião, o prefeito Lorenzo Pazolini; o delegado da Alfândega de Vitória, auditor-fiscal, Douglas Costa Koehler; e representantes da sociedade civil participaram do plantio das mudas, que marcam a autonomia da alfândega capixaba e integram o programa VixFlora, em andamento na cidade pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), promove o aumento de áreas verdes e prevê uma muda por habitante até o final de 2024.
"É um momento muito importante e significativo, que ressalta a importância de plantarmos árvores e de cuidarmos do meio ambiente. Esta iniciativa da Alfândega de Vitória se junta ao projeto VixFlora, que estamos realizando na nossa cidade, para plantar uma árvore por habitante e trazer parceiros muito representativos para esta causa. Parabéns pelos 30 anos, e que a Alfândega continue seu trabalho de maneira contínua e autônoma", destacou o prefeito Lorenzo Pazolini.
Pazolini ainda enfatizou: "nós temos condições de unir as instituições e unir a população. E essa é a proposta da nossa gestão. E a Receita Federal, assim como nos demais órgãos de controle, nos dá condições para reforçar o controle social. Se tivermos instituições de controle fortes, robustas e independentes, representa autonomia da República e representa a tranquilidade para todos nós capixabas".
O delegado da Alfândega Capixaba e auditor-fiscal Douglas Costa Koehler, contextualizou a aduana capixaba nos últimos anos e, também, desde a sua implantação na época das capitanias hereditárias. "A Alfândega de Vitória é um valioso patrimônio da sociedade brasileira e do Estado. E hoje comemora 30 anos de seu renascimento", apontou o delegado, lembrando que aduana do Espírito Santo é uma das maiores do país em volume de importações e exportações pelo modal marítimo e também em valores totais no comércio exterior.
"A homenagem da Prefeitura de Vitória congrega o fundamental trabalho que o setor vem desenvolvendo no comércio internacional e no estímulo ao desenvolvimento da capital e do Estado, além da luta da manutenção da autonomia da Alfândega Capixaba", destacou o secretário municipal de Meio Ambiente, Tarcísio Föeger.
Histórico
A Alfândega no Espírito Santo tem origem no Século XVI com o documento firmado em 27 de janeiro de 1550 pelo então Provedor-Mor da Fazenda no Brasil, Antônio Cardoso de Barros. A Unidade Aduaneira teve muitos endereços ao longo dos últimos 473 anos, mas desde pelo menos o início do século XIX sua sede sempre foi na cidade de Vitória. No ano de 1968 foi suprimida, junto com diversas outras alfândegas no Brasil, sendo recriada em 1993.
Pela Alfândega passaram infinidade de mercadorias, para abastecimento da terra e como importação para outras partes do Brasil. Pela Alfândega também foram exportadas vastas quantidades de cargas ao longo de quase meio milênio, produtos não apenas da terra capixaba, mas dos mais variados pontos do país, que utilizaram seu sistema portuário.
Números
A grande pujança comercial do Espírito Santo exige a presença forte de uma Aduana vigorosa, autônoma e bem provida de recursos. Em 2022, segundo o órgão, passaram pela Alfândega do Porto de Vitória 15 bilhões de dólares em importações e 20 bilhões de dólares de exportações, com saldo de superávit de 5 bilhões de dólares.
Está entre as principais portas de entrada no país para a importação de aeronaves, veículos, fertilizantes e eletrônicos. A Alfândega gerencia no Estado 12 portos e o aeroporto, além do despacho aduaneiro no porto de Itaguaí, em Estado vizinho.
O volume de todas as importações nos portos controlados pela Alfândega de Vitória foi a maior do Brasil em 2022, com mais de 26 milhões de toneladas. Nas exportações também foi o primeiro lugar do Brasil, com mais de 53% do volume total nacional, com 213 milhões de toneladas.
Já as atividades de repressão e contrabando e descaminho de mercadorias tem rendido cerca de 1,5 milhão de reais por mês.