Notícias
Número de adolescentes grávidas em Vitória apresenta grande redução
Publicada em 10/01/2025, às 12h30 | Atualizada em 10/01/2025, às 12h31
Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes
De acordo com dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), o número de adolescentes grávidas em Vitória caiu de 562, em 2015, para 220, em 2024, representando uma redução expressiva de 60,82%. Esse resultado reflete os esforços contínuos da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória na promoção da saúde e bem-estar dos adolescentes, impactando positivamente indicadores como a redução da gravidez na adolescência.
Os serviços de saúde do município desenvolvem uma série de ações voltadas à saúde integral do adolescente, proporcionando atendimentos médicos, de enfermagem e odontológicos, além de atendimento psicológico. Outras iniciativas incluem a disponibilização da Caderneta de Saúde do Adolescente, acesso gratuito a vacinas, medicamentos e exames, e a realização de ações preventivas.
No campo da saúde sexual e reprodutiva, destacam-se orientações sobre sexualidade, métodos contraceptivos e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV/AIDS. A distribuição gratuita de preservativos masculinos e femininos e outros métodos contraceptivos, conforme protocolos do Ministério da Saúde também têm sido ferramentas fundamentais.
Educação em saúde: Programa Saúde da Escola (PSE)
Outra estratégia fundamental para a prevenção da gravidez na adolescência é o Programa Saúde na Escola (PSE), uma parceria com as instituições de ensino para trabalhar temas como sexualidade e prevenção da gravidez na adolescência.
Estudos indicam que a escolaridade é inversamente proporcional à gravidez na adolescência: quanto maior o nível de educação, menor a probabilidade de uma gravidez precoce. Essa parceria fortalece o papel da escola na conscientização e na autonomia responsável dos adolescentes, contribuindo para reduzir vulnerabilidades.
Compromisso com o futuro dos adolescentes
A referência técnica em Saúde da Criança e Adolescente da Secretaria de Saúde de Vitória, Juliana Schade, explica que a redução significativa da gravidez na adolescência em Vitória demonstra que investir em educação, saúde e estratégias de prevenção, com ações integradas que assegurem oportunidades e bem-estar para os jovens da capital, fortalecendo políticas públicas que combatam as desigualdades e promovam o desenvolvimento saudável são compromissos essenciais para a promoção da qualidade de vida dos adolescentes.
"Essa redução é fruto de um trabalho contínuo e integrado. Não se trata apenas de oferecer serviços de saúde, mas de acolher os adolescentes em sua integralidade, escutando suas demandas e trabalhando a educação em saúde de forma prática e acessível. Nosso objetivo é garantir que eles tenham acesso a informações, ferramentas para cuidar de si mesmos e perspectivas de um futuro promissor", destaca Juliana.
A gravidez na adolescência como problema de Saúde Pública
A gravidez na adolescência é considerada um desafio de saúde pública devido aos impactos negativos tanto para a mãe quanto para o bebê. Para as mães adolescentes, os riscos incluem mortalidade materna, eclâmpsia, anemia, depressão pós-parto, nascimento prematuro e aborto espontâneo. Já os bebês de mães adolescentes apresentam maior probabilidade de nascerem com baixo peso, além de enfrentarem maior risco de morte infantil, especialmente no primeiro ano de vida, com uma taxa de mortalidade duas a três vezes maior em comparação aos bebês de mães adultas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além dos problemas de saúde, a gravidez precoce está entre os principais fatores de abandono escolar entre meninas adolescentes, o que dificulta o acesso a empregos qualificados, perpetua ciclos de pobreza e aumenta a dependência financeira.