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Educação transformadora: Vitória terá 41 escolas em tempo integral no ano letivo de 2025
Publicada em 08/11/2024, às 17h55 | Atualizada em 08/11/2024, às 17h59
Por Luis Oliveira (luffoliveiraeira$4h064+pref.seme.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes
Nove horas diárias de aprendizado, currículo diversificado, incentivo ao protagonismo e à autonomia dos estudantes. No tempo integral, essas são apenas algumas das vantagens que transformam o ambiente escolar em um espaço de desenvolvimento contínuo e integrado. Além de garantir quatro refeições diárias - cobrindo 70% das necessidades nutricionais diárias dos estudantes - o tempo integral potencializa a aprendizagem e oferece um acolhimento completo. É esse compromisso com a educação de qualidade que leva Vitória a investir cada vez mais na ampliação do tempo integral.
Com o anúncio feito nesta sexta-feira (29) pelo prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, e pela secretária de Educação, Juliana Rohsner, Vitória alcançará o total de 41 unidades de ensino em tempo integral em 2025, um crescimento significativo em relação às 30 atuais. A expansão representará a oferta de 3.114 novas vagas distribuídas entre os Centros Municipais de Educação Infantil em Tempo Integral (Cmei TI) e as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emef TI), totalizando um quantitativo de 10.232 vagas em tempo integral para o ano letivo de 2025. A solenidade, realizada no auditório da PMV, contou com a presença de autoridades municipais e educadores.
Em sua fala, o prefeito Lorenzo Pazolini destacou o impacto transformador que a implantação do tempo integral tem exercido nas comunidades escolares de Vitória. "É uma grande satisfação estarmos reunidos para celebrar este momento tão significativo para a educação da nossa cidade. Parabenizo todos os profissionais, estudantes e educadores que fazem parte dessa transformação, pois é através da educação que construímos uma sociedade mais justa e fortalecemos nossa comunidade. Sinto muito orgulho ao ouvir pais e avós comentarem o impacto positivo que a educação tem trazido para as famílias. Esse projeto é fruto do compromisso da Prefeitura de Vitória, que, em parceria com toda a comunidade escolar e por meio de investimentos expressivos em toda a cidade, tornou essa mudança possível.
Para 2025, mais 11 unidades de ensino passarão a ofertar o Tempo Integral. São elas: As Emef Amilton Monteiro, em Mario Cypreste, Paulo Roberto Vieira Gomes, em São Benedito e Emef Ronaldo Soares, em Resistência, além dos Cmeis Ana Maria Chaves Colares, em Jardim Camburi; Cecilia Meireles, em Monte Belo; Darcy Vargas, em Bela Vista; Cmei Geisla da Cruz Militão, em Nova Palestina; Cmei Georgina da Trindade, em São José; Cmei Nelcy da Silva Braga, em São Cristóvão; Cmei Professora Cida Barreto, em Pontal de Camburi e Cmei Sebastião Perovano, no bairro Jabour.
A secretária de Educação, Juliana Rohsner, destacou em sua fala a importância da ampliação do ensino em tempo integral, enfatizando os benefícios para o desenvolvimento completo dos estudantes e o impacto positivo nas comunidades escolares. "A ampliação do ensino em tempo integral é um marco na educação de Vitória. O tempo integral vai muito além do desenvolvimento cognitivo, e valoriza também os aspectos psicomotor e socioemocional dos estudantes, permitindo uma transformação ainda maior na qualidade do ensino, proporcionando um acompanhamento pedagógico mais aprofundado, com monitoramento constante, planejamento cuidadoso e projetos diversos que enriquecem o cotidiano escolar. Esse é um sonho antigo de Vitória, que agora se realiza com o propósito de oferecer uma educação pública de qualidade e mais equitativa. É emocionante ver o impacto positivo dessa ampliação, que transforma realidades nas comunidades escolares", disse a secretária de Educação, Juliana Rohsner.
Mais tempo na escola: o que fazer?
Para ser tempo integral, uma unidade de ensino precisa ofertar, pelo menos, sete horas diárias de atividades. Em Vitória, a carga horária das escolas de tempo integral é de nove horas. Tanto nos Cmeis quanto nas Emefs, essas nove horas são preenchidas por um currículo integrado, que visa, de forma articulada, o desenvolvimento das diferentes linguagens, conhecimentos e princípios, priorizando a participação ativa e o protagonismo das crianças.
Na educação infantil, que atende a crianças de 6 meses a 5 anos de idade - nos segmentos creche e pré-escola -, o currículo inclui o acolhimento da criança na unidade de ensino; o momento integrador, que envolve o banho, a higienização e o descanso; os ambientes temáticos, que são espaços de aprendizagem ocupados pelas crianças com contextos preparados pelos professores; e as oficinas temáticas - mais presentes na pré-escola -, em que a criança tem autonomia para escolher em qual ela quer participar fazendo sua própria inscrição.
Já no ensino fundamental, que atende estudantes de 6 a 14 anos de idade, o currículo integrado articula tanto os componentes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com as disciplinas de Língua Portuguesa, Inglês, Educação Física, Arte, Ciências, Geografia, Matemática e História, quanto a parte diversificada, que compreende as práticas educativas, que são a Tutoria e o Acolhimento, e as metodologias de êxito, que são o Projeto de Vida, o Protagonismo, a Educação Científica e Tecnológica, a Orientação de Estudos e as Disciplinas Eletivas.
O Projeto de Vida é o eixo estruturante da escola em tempo integral e a construção dele, por parte do estudante, deve considerar a reflexão sobre seus sonhos e planos, partindo de quem ele é e aonde ele deseja chegar. As aulas de Projeto de Vida são ofertadas do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
Histórico
Quando a atual gestão assumiu a gestão da capital, em janeiro de 2021, o município contava com quatro unidades de ensino em tempo integral. Eram as Escolas Municipais de Ensino Fundamental em Tempo Integral (Emef TI) Anacleta Schneider Lucas, na Fonte Grande; Eunice Pereira Silveira, em Tabuazeiro; e Moacyr Avidos, na Ilha do Príncipe; além do Centro Municipal de Educação Infantil em Tempo Integral (Cmei TI) Aécio Bispo dos Santos, em Jaburu, que funcionava em tempo integral, mas sem a regulamentação necessária para ofertar a modalidade.
No dia 29 de setembro daquele mesmo ano, foi sancionada a lei que instituiu e regulamentou o ensino de tempo integral nos Cmeis, o que possibilitou a expansão dessa modalidade de ensino. A rede municipal de ensino passou então de quatro para sete unidades atendendo em tempo integral, somando os Cmei TI Dom João Batista da Motta e Albuquerque, na Praia do Suá; Robson José Nassur Peixoto, no Forte São João; e Silvanete da Silva Rosa da Rocha, em Comdusa. Em 2022, mais três unidades de ensino iniciaram o ano atendendo em tempo integral, chegando a um total de dez: o Cmei TI Menino Jesus, no Centro; e as Emefs TI Izaura Marques da Silva, em Andorinhas, e José Lemos de Miranda, em Comdusa.
Já em 2023, mais sete unidades de ensino iniciaram o ano letivo na modalidade tempo integral, alcançando a marca de 17 escolas: Cmei TI Álvaro Fernandes Lima, em Bela Vista; Cmei TI Carlita Corrêa Pereira, na Piedade; Cmei TI Jacyntha Ferreira de Souza Simões, em Goiabeiras; Cmei TI Luiz Carlos Grecco, na Ilha de Santa Maria; Cmei TI Luiza Pereira Muniz Corrêa, em Mário Cypreste; Cmei TI Maria Goretti Coutinho Cosme, no Cruzamento; e Emef TI Paulo Reglus Neves Freire, em Inhanguetá.
Neste ano letivo de 2024, as seguintes unidades passaram a ofertar o ensino em tempo integral: Emef Edna de Mattos Siqueira Gaudio, em Jesus de Nazareth, e José Áureo Monjardim, em Fradinhos, além dos Cmeis Valdivia da Penha Antunes Rodrigues, em Santos Dumont; Carlos Alberto Martinelli de Souza, em Gurigica, Jacy Alves Fraga, em Tabuazeiro; Rubens José Vervloet Gomes, em Jardim Camburi; Doutor Denizar Santos, na Ilha do Príncipe; Maria Nazareth Menegueli, em Andorinhas; Magnólia Dias Miranda Cunha e Padre Giovanni Bartesaghi, na Ilha das Caieiras; Eldina Maria Soares Braga, no bairro Grande Vitória; Rubens Duarte de Albuquerque, no Alto Itararé; e Doutor Thomaz Tommasi, em Joana D´Arc.
Confira a relação das 11 novas escolas em tempo integral
- Cmei Ana Maria Chaves Colares, em Jardim Camburi
- Cmei Cecilia Meireles, em Monte Belo
- Cmei Darcy Vargas, em Bela Vista
- Cmei Geisla da Cruz Militão, em Nova Palestina
- Cmei Georgina da Trindade, em São José
- Cmei Nelcy da Silva Braga, em São Cristóvão
- Cmei Professora Cida Barreto, em Pontal de Camburi
- Cmei Sebastião Perovano, no bairro Jabour
- Emef Amilton Monteiro, em Mario Cypreste
- Emef Paulo Roberto Vieira Gomes, em São Benedito
- Emef Ronaldo Soares, em Resitência