Prefeitura de Vitória

É chegado dezembro e, com ele, os dias de avaliar o ano que passou e, principalmente, de reunir a família e amigos para celebrar a convivência, fortalecer os laços familiares e comunitários. E isso pôde ser visto na manhã desta quarta-feira (11), no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Santa Martha.

As famílias acompanhadas pelo Cras nos serviços de Atendimento no Domicílio (SAD) e do serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif) lotaram a área do Parque Mangue Seco. Para algumas delas, a festa decorada com elementos alusivos ao Natal, seria a única celebração natalina vivida por elas. Como falaram os amigos Adilson de Oliveira Lavra, de 65 anos, e Antônio Rosa de Moraes, 62.

Adilson comentou que, apesar de não gostar muito de festa, estava tentando mudar seu pensamento e, por isso, aceitou o convite para estar ali, e estava gostando, convivendo com outras pessoas. "Moro sozinho, vivo sozinho. É uma inovação na minha vida participar de uma festa assim", disse ele. O amigo Antônio contou que, desde que os pais morreram, há 25 anos, nunca mais teve uma festa de Natal. "Estou bem aqui. A festa me deixou tranquilo", falou ele.

A dona de casa Sueli de Oliveira de Jesus fez questão de ir à festa com as netas Rebeca, Eliza e Dandara. Juntas ao redor da mesa, Sueli disse que estava muito feliz. "Não vou fazer Natal em casa. Por isso, esta é a minha festa de Natal em família. Está tudo lindo, em casa não ia ter nada disso", destacou ela.

No meio da entrevista, a dona de casa pediu para deixar registrada a sua gratidão pelo acolhimento recebido pela equipe do Cras. "Elas me ajudaram no momento em que eu mais precisava. No Cras, me senti acolhida e apoiada. Este Cras foi tudo de bom na minha vida", descreveu Sueli.

O encontro de famílias com ares natalinos encantou Miguel Ângelo Costa Brito, de 3 anos, que estava acompanhado da mãe Cristiane Costa Rosa e o irmão caçula Luan (8 meses). A criança pedia para a mãe fotografá-lo em todos os cantos decorados do evento. Ao ser questionado sobre qual o espaço mais bonito, Miguel correu para mostrar a cesta de frutas colocada na mesa principal.

A mãe Cristiane comentou: "para a gente que não tem uma vida social, isto aqui é a nossa festa de Natal em família". Ao ser questionada porque ela frisava que aquela era uma festa em família, Cristiane explicou: "Aqui, me sinto em casa. Frequento o Cras todas as semanas nos encontros dos grupos. E, não tenho condições nem hábito de fazer uma festa de fim de ano em casa. Somos só nos três".

A coordenadora do Cras Santa Martha, Soraia Assis, disse que sabe da importância do encontro para as famílias atendidas no Cras . "Toda equipe se mobilizou e dedicou seu tempo em cada detalhe dessa festa para que esse momento fosse muito especial para as famílias e uma oportunidade de criar mais vínculos entre equipe e também com outras pessoas que estavam presentes", falou ela.

Soraia ressaltou que a parceria com outros serviços e Cras de outros territórios também foi muito importante para o sucesso da festa. "As pessoas guardam na lembrança um Cras que tem referência no CadÚnico e nos benefícios eventuais, mas temos serviços de acolhimento, auxílio e apoio as famílias. São serviços que buscam a autonomia e o convívio e isso reforça o sentimento de pertencimento a um território e mais ainda, lembra para as pessoas o seu direito a um vida digna". O Cras tem este objetivo, levar direitos sociais e acesso a outros tantos.

A secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, enfatizou que o trabalho realizado com as famílias pelos Cras buscam fortalecer a proteção social e garantir direitos. "Estes momentos aproximam as equipes das famílias e contribuem com o trabalho social com famílias nos territórios", frisou ela.