Notícias
Carnaval 2025: primeira escola a desfilar, Rosas de Ouro brilha no Sambão do Povo
Publicada em 21/02/2025, às 23h20 | Atualizada em 21/02/2025, às 23h24
Por Bárbara Bueno Sá (barbara.saeira$4h064+pref.cdtiv.com.br), com edição de Matheus Thebaldi
Vitória viveu uma noite de pura emoção e grandiosidade com a abertura dos desfiles no Sambão do Povo, nesta sexta (21). A Rosas de Ouro foi a primeira escola a pisar na avenida e já deixou sua marca com um desfile carregado de simbolismo e cultura. Com o enredo "No Horizonte Eu Te Vejo", a agremiação levou o público a uma viagem no tempo, recontando a história do histórico Casarão de Carapina.
A voz potente de Letícia Jesus, a única mulher à frente de um microfone oficial no Carnaval de Vitória, foi um dos pontos altos do desfile. Com mais de 20 anos de história na escola, Letícia conduziu o samba com paixão e segurança. Em diversos momentos, o público se uniu em coro para cantar o refrão do samba-enredo:
"A canoa vai virar, auê, auê!
É o guerreiro Araribóia destinado a vencer
Rosto pintado, arco e flecha em sua mão
Vale tudo em defesa desse chão."
"É sempre um grande prazer estar à frente da Rosas de Ouro, porque eu sou serrana. É a minha casa, é a minha escola de coração. E aí a gente vem trabalhando há cinco anos à frente do microfone. É sempre uma sensação especial estar honrada a representar tanto as mulheres quanto a escola em si", disse Letícia.
Desde a abertura, a escola mostrou a que veio. A comissão de frente, formada por 14 componentes, encenou a proteção das ruínas do Casarão, trazendo um ar místico e envolvente à apresentação. Os bailarinos impressionaram com movimentos precisos , arrancando aplausos calorosos do público.
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira encantou ao representar a rosa de ouro, entrelaçada com a figura do colibri, simbolizando a riqueza e a beleza da história contada pela escola. Com elegância e sincronia impecáveis, eles dançaram sob os olhares atentos da plateia e dos jurados.
A alegoria do Casarão de Carapina trouxe uma reprodução do histórico imóvel, enriquecida com esculturas grandiosas. O carro impressionou pela riqueza de detalhes e pela fusão de estéticas afro-indígenas e europeias.
Se o samba precisa de um coração, ele bate forte na bateria da Rosas de Ouro, comandada pelo Mestre Ramon Mathias. A agremiação manteve um ritmo pulsante, com uma cadência que fez a arquibancada sambar junto. Os ritmistas mostraram toda a força da influência africana na musicalidade brasileira.
A Rosas de Ouro encerrou sua passagem deixando um rastro de beleza, história e emoção. Um desfile digno de aplausos .