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Carnaval 2025: Chegou o Que Faltava homenageia a comunidade de Goiabeiras

Publicada em 11/02/2025, às 08h00

Por Maya Dorietto (modoriettoeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


Leonardo Silveira
Chegou o que Faltava

Segunda escola a entrar na avenida, no sábado (22) de Carnaval, a Chegou o Que Faltava levará para o Sambão do Povo um enredo que celebra suas raízes e a força de sua comunidade. Com o título "Da Lama sai muito barulho!", a agremiação fundada em 1975, homenageará o bairro Goiabeiras, seus saberes e tradições que emergem do manguezal, simbolizando a essência cultural da região.

Com três alegorias, um tripé e 1.400 componentes, a escola promete uma apresentação marcante, refletindo sobre a importância da memória e das tradições que moldam a identidade da grande Goiabeiras. O desfile será uma vibrante celebração de sons, cores e vida, emergindo da lama que nutre o bairro e sua comunidade.

"Estamos trabalhando muito para entregar um lindo desfile. O Carnaval de Vitória merece. Começamos esse trabalho desde meados do ano, já temos fantasias prontas e boa parte delas vendidas. Muita coisa é segredo, e os foliões só vão descobrir na avenida. A única coisa que podemos dizer é que, mais uma vez, a Chegou vem grande," contou Rafael Cavalieri, presidente da escola.

O enredo destaca a relação íntima entre o bairro de Goiabeiras e os manguezais, exaltando a força cultural e histórica de sua gente. Será um desfile que promete emocionar e orgulhar a comunidade.

Samba-enredo

O YíN NÀNÁ YÒ EU SOU O MANGUE
Ô YÍN NÀNÁ YÒ RAIZ DO MEU SANGUE
BATUQUE DE CONGO, AXÉ DE TAMBOR
DE GOIABEIRAS O POVO DO SAMBA CHEGOU
(Ah mais chegou)

O que faltava quando tudo era nada
Oxalá foi a estrada e a Senhora anciã
Saluba nanã fez da lama seu ofício
Rege fim e o princípio
É memória ancestral do manguezal
O sal do corpo encontra a doçura
Onde repousam fé e cultura
Submerso ventre maternal

Pescador partiu pro mar
Na vazante o catador
Quem me cura é benzedeira
Onde a fé perpetuou
Das cantadeiras de roda a voz da lição
Som que emerge no meu pedaço de chão

Tira a canga do boi (bis)
Que griô é a estrela, menina
Tira a canga do boi
Salve preto Benedito que abençoa meu Barreiro
Vou louvar Sebastião todo vinte de janeiro

São Reis por Rainhas da vida
No vale da lida, nas mãos mulembá
Da lama transcende a chama!
Na cuia que abriga o dom de moldar
De Mães e filhas, eterna essência
São paneleiras a herança em resistência
Nasci... da fogueira dessa gente
De chão nobre, imponente
Preta forma de amor
Nos toques que ampliam meu barulho
Minha escola, meu orgulho
Evoca à vitória em seu louvor


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