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Chikungunya: saiba mais sobre a doença transmitida pelo Aedes Aegypti

Publicada em 02/04/2024, às 17h40

Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


  • Saúde e bem-estar

Imagem divulgação
mosquito comum da espécie aedes taeniorhynchus

Em meio ao crescente número de casos de dengue, o Brasil também viu o número de outras arboviroses (tipos de viroses transmitidas por mosquitos) aumentarem bastante. Além da dengue, a chikungunya vem preocupando os profissionais de saúde, principalmente pelo caráter incapacitante da doença.

"A chikungunya provoca dores intensas nas articulações, deixando a pessoa incapaz de realizar simples tarefas de rotina. Além disso, ela pode evoluir para sua forma crônica e durar por vários meses ou anos .Temos pacientes que estão com esses sintomas há mais de cinco anos", explica a enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Vitória, Aline de Sousa Areias.

O tratamento para a chikungunya é medicamentoso e depende da fase da doença e dos seus sintomas. Se a pessoa estiver com a forma crônica da doença, com sintomas persistentes e duradouros, ela pode precisar também de acompanhamento com fisioterapeuta e médico reumatologista.

Atenção aos sintomas

Na primeira semana, os sintomas entre dengue e chikungunya são parecidos, com febre e dor de cabeça, no corpo e nas articulações. Mas a intensidade e durabilidade desses sintomas muda com o tempo, diminuindo nos casos de dengue e persistindo por muito mais tempo nos casos da chikungunya.

Números

No Brasil, houve 97.508 notificações de chikungunya, um aumento de 65 % dos casos em relação ao mesmo período do ano passado. No Espírito Santo, 2024 registrou 7.929 casos, representando um aumento de 42% e, em Vitória, houve 845 notificações representando 103% a mais de casos de chikungunya, em relação ao mesmo período de 2023.

Prevenção

A forma mais eficaz de prevenir a chikungunya é combater os criadouros do mosquito que a transmite, o Aedes aegypti. A Prefeitura de Vitória realiza uma série de ações com esse objetivo, promovendo orientações e abordagens educativas em feiras e parques municipais, mutirões para retirada de entulhos e orientações sobre descarte correto de lixo, monitoramento periódico de centenas de charcos e bueiros, carro fumacê e visitas domiciliares nos bairros onde há mais notificações de dengue ou reclamações pelo 156.

Vitória também utiliza drones para mapear imóveis onde há dificuldade do ingresso dos agentes de combate às endemias ou para identificar os possíveis focos do mosquito em locais de difícil acesso para os agentes. A partir das imagens, é feito um plano de acesso e roteiro para vistoria dos imóveis mapeados pelos agentes para identificarem possíveis criadouros e fazerem a eliminação, o tratamento focal e o trabalho de educação em saúde.


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