Prefeitura de Vitória

No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento). Os anos passaram e, hoje em dia, de todos os símbolos, o ovo de Páscoa, aquele feito de chocolate, é o mais esperado pelas crianças. Assim, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Ceciliano Abel de Almeida, em Itararé, juntou o alimento e a guloseima para criar três oficinas muito interessantes para os alunos para comemorar a Semana Santa.  

Na primeira oficina, os alunos aprenderam a fazer a correta higienização das mãos para posterior produção de qualquer alimento. Na ocasião, aprenderam que é necessário lavar as mãos sempre que pegar um lápis ou caneta emprestado, colocar a mão na maçaneta, usar o computador, falar ao telefone, brincar com bola, antes de comer, mãos nos olhos ou boca, colocar ou retirar lentes de contato, depois de esfregar ou assoar o nariz, ir ao banheiro e brincar com o animal de estimação.

"A maioria dos micróbios é inofensiva, mas alguns podem causar problemas de saúde e algumas doenças mais sérias que, por vezes, ameaçam a vida. Quando a criança ou o adolescente esquece de lavar as mãos, pode espalhar micróbios para outras pessoas. E quando toca os olhos, boca, nariz ou feridas, pode infectar-se. Daí a importância da correta higienização das mãos", disse a coordenadora de nutrição da Seme, Juliana Pizzol Organo.

Pães

Na oficina seguinte, os alunos substituíram os livros por colheres de pau e literalmente colocaram a mão na massa, ao saírem da sala de aula para produzir eles mesmos os pãezinhos para serem consumidos no lanche do dia.

Remetendo à Semana Santa, as crianças brincaram, aprenderam sobre alimentação saudável, valor nutricional e fabricação do alimento, refletiram sobre o consumo demasiado dos dias atuais e ainda conheceram a importância da partilha do pão. Para fabricar os pães,os alunos conheceram os ingredientes, o processo de fermentação e modelaram os seus próprios pães.

"Foi uma boa oportunidade para estimular a interação do grupo, já que a culinária permite às crianças colocar a mão na massa e compartilhar o que sabem. Inserir os estudantes nesse processo é interessante, justamente porque eles puderam levar as receitas para casa, compartilhar e até produzir, juntamente com suas respectivas famílias, as receitas que aprenderam na escola", contou Juliana

Chocolate

E não parou por aí. Na semana que antecedeu o feriado santo, além de as crianças conhecerem a história do ovo de Páscoa, eles fabricaram seus próprios ovos de chocolate. A brincadeira ficou ainda mais gostosa porque a garotada teve à disposição uma estrutura bem montada, que incluiu forminhas, aventais, geladeira, micro-ondas e muito chocolate.

Tudo, claro, com acompanhamento de nutricionistas, que explicam as propriedades dos alimentos. Na prática, as crianças aprenderam conceitos adquiridos em sala de aula, como medidas, estado dos alimentos (sólido, líquido e pastoso) e noções de quente e frio.

"Foi um projeto de grande importância, uma vez que o chocolate fica em grande evidência durante o período de Páscoa e Semana Santa. Eles receberam informações sobre os benefícios e malefícios do chocolate, bem como a influência da mídia em relação ao consumo de ovos de Páscoa", disse Juliana.

Dinâmica aprovada por todos

"Pensamos em uma forma diferente, concreta, dinâmica, significativa e reflexiva de trabalhar com o tema Páscoa, o destaque da semana. Assim, percebemos nas oficinas esta oportunidade prazerosa. É essencial deixar claro que as oficinas foram ponto de partida para um amplo e rico trabalho em sala de aula que foi desde a higiene à análise dos abusivos valores dos ovos expostos no comércio, bem como consumismo. Os alunos sonharam e realizaram", disse a pedagoga da escola e idealizadora do projeto, Fernanda Vilela Miguel.

"Aprendi como se faz o pão e o chocolate, quantos minutos demoraram para o chocolate derreter, a quantidade de chocolate que usamos para fazer os ovos para a turma toda, aprendi também sobre a massa do pão e sua origem e depois contei para todos da minha casa como foi essa experiência. Eu gostei e eles também", disse Alisson Santos, que tem 9 anos e é aluno do 4º ano.

"O pão e o chocolate que a gente fez estavam muito gostosos. Eu gostei muito de aprender", disse a pequena Emilly da Conceição, de apenas 8 anos, aluna do 3 º ano.