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Biólogos do CVSA passam por treinamento para monitorar vetor da febre amarela

Publicada em 11/01/2019, às 17h55 | Atualizada em 11/01/2019, às 17h55

Por Naira Scardua, com edição de Matheus Thebaldi


Divulgação Semus
Curso CVSA
Equipe do CVSA fez treinamento para captura do mosquito que transmite a febre amarela

Servidores do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA/Semus) participaram de uma capacitação para atuar na área de entomologia/insectologia (ramo da biologia que estuda os insetos).

O curso aconteceu nos meses de novembro e dezembro de 2018 e foi promovido pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Corpo de Bombeiros e Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).

A equipe de Vitória escolheu o projeto de fortalecimento da vigilância dos vetores responsáveis pela transmissão de febre amarela, uma vez que, em 2016, alguns primatas foram encontrados mortos infectados por essa doença na região da Ufes e na Ilha do Frade.

Durante a capacitação, os profissionais aprenderam sobre hábitos e ciclo de vida do mosquito Sabethes albiprivus e como capturá-lo, uma vez que ele vive em regiões com muita vegetação e no alto das árvores.

Divulgação Semus
mosquito Sabethes albiprivus
Mosquito vive em regiões com muita vegetação e no alto das árvores

O biólogo André Capezzuto conta que a equipe encontrou o vetor da febre amarela na região da Ufes utilizando uma armadilha que simula a presença de um animal de sangue quente. "Nós utilizamos uma armadilha CDC para atrair os mosquitos, que vivem na copa das árvores. Por causa desse comportamento é que os macacos são sempre as primeiras vítimas do vírus", esclareceu.

Monitoramento

André afirmou também que, graças a esse curso, será possível pela primeira vez em Vitória monitorar essa espécie de mosquito. "A captura desses insetos acontece no alto de árvores e em locais com muita vegetação. Mas poder identificar e monitorar um vetor como esse é importante para nortear as ações da Vigilância Epidemiológica, apontando onde é possível acontecer a transmissão do vírus da febre amarela. É a Vigilância Ambiental acrescentando elementos para a Vigilância Epidemiológica nortear suas ações", explicou.


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