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Rosas de Ouro leva tradições capixabas para o Sambão
Publicada em 03/02/2018, às 02h25 | Atualizada em 03/02/2018, às 02h27
Por Melissa Künsch, com edição de Josué de Oliveira
Tradições populares, fé e folclore do Espírito Santo deram o tom do desfile da escola serrana Rosas de Ouro, a terceira a desfilar no primeiro dia do Carnaval de Vitória deste ano. A agremiação trouxe o enredo “Espírito Santo, o Filho Mestiço Deste Gigante Chamado Brasil”.
Com um refrão forte e fácil de ser memorizado pelo público, a escola de Serra Dourada agitou o Sambão do Povo durante sua evolução "Sou Rosas de Ouro e não tem jeito/ nascido e criado pra ser vencedor/ com muito orgulho e muito amor", ecoava o público junto com os intérpretes, que neste ano tiveram a ilustre companhia do carioca Nego, que coleciona passagens por várias escolas do Rio de Janeiro.
Nego não era o único carioca no desfile. A rainha da bateria, Carol Strass, de 28 anos, também veio do Rio de Janeiro especialmente para desfilar pela Rosas de Ouro. Em sua cidade, ela sai como passista na Salgueiro e como musa na Unidos de Bangu. Apesar de ser apaixonada ela grandiosidade da folia carioca, ela garante ter se encantado com o Carnaval de Vitória.
"Já desfilei aqui em Vitória outras vezes e acho muito gostosa a receção deo público. Por ser um circuito menor em relação o Rio de Janeiro, eu sinto que o público fica mais perto e canta e vibra junto com a gente durante o desfile", disse a beldade de 28 anos, que estava com a fantasia Rainha do Jongo.
Comissão de frente
Logo no início do desfile a comissão de frente, simbolizando o chegada dos Portugueses ao Estado e o encontro com os índios, já mostrava que o que viria a seguir seria uma "aula" de tradições capixabas enumeradas pelo enredo.
O carro abre-alas, único apresentado pela escola, trazia um enorme índio à frente de uma caravela. Na sequência, alas coloridas e com componentes empolgados foram dando o tom do desfile.
Em meio ao colorido da maioria das alegorias que faziam alusão ao jongo, à folia de reis, e à devoção a São Benedito, as baianas vieram com um ar mais "sombrio". Vestidas com uma roupa preta, elas rodopiavam pela avenida representando mistérios e as lendas capixabas.
Outro destaque foi a apresentação de duas alas coreografadas, que levantaram o público, que cantava e dançava junto com os integrantes da escola serrana.
"Estamos confiantes que neste ano a escola sobe para o Grupo Especial. As fantasias estão lindas, o samba é contagiante e a escola está muito integrada. Vamos com tudo!", disse empolgada a foliã Jussara Reis, minutos antes da escola receber o sinal verde para a folia.