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Plantas de projetos de vias de Vitória nos séculos passados serão digitalizadas
Publicada em 18/12/2018, às 13h26 | Atualizada em 18/12/2018, às 18h52
Por Naira Scardua, com edição de Matheus Thebaldi
Nesta quinta-feira (20), às 17 horas, acontece o lançamento do projeto cultural "Plataforma Digital Interativa: Atlas Urbanístico de Vitória", no Arquivo Municipal de Vitória.
O trabalho, da arquiteta Flávia Botechia, prevê a conservação e a divulgação do acervo de documentos e plantas arquitetônicas de projetos realizados para Vitória entre o final do século XIX e o decorrer do século XX. Todo material será digitalizado.
A pesquisa teve início em 2014 e é patrocinada pelo Funcultura. No Arquivo Público Municipal, estão guardados quatro dos 13 planos urbanísticos para a cidade. São eles:
- parte do projeto de um novo Arrabalde (Saturnino de Brito, 1896)
- Plano Geral da Cidade (Henrique de Novaes, 1917)
- Plano de Urbanização de Vitória (Henrique Novaes, 1931)
- Plano Diretor para Vitória (Empresa de Topografia Urbanização e Construção – ETUC sob a supervisão de Alfred Agache, 1947)
Referência
Autora do projeto, Flávia Botechia acredita que a implantação da plataforma digital interativa e online vai ampliar o acesso dos pesquisadores e interessados no assunto, sejam eles moradores ou visitantes.
"Essa iniciativa poderá inserir Vitória no universo daquelas cidades que possuem seus acervos urbanísticos digitalizados, preservados e online, como São Paulo e Belo Horizonte, além de exemplos internacionais vindos de Portugal e Espanha. Assim, Vitória fica apta a fazer parte de estudos comparados com outras cidades, sejam estas cidades brasileiras, litorâneas, latino-americanas, de matriz portuguesa e insulares", afirmou a pesquisadora.
Conservação e divulgação do acervo
Muitas vezes, a importância maior é dada ao patrimônio arquitetônico (construções), mas as plantas dos projetos (planejamentos) também têm grande valor para os estudos científicos não só atualmente, mas também no futuro.
"O povo que não tem memória corre o risco de não se desenvolver. As memórias são importantes para considerarmos os avanços que foram benéficos ou prejudiciais. Digitalizando esse material do Arquivo Público, a gente ajuda a perpetuar e disseminar essa informação. É um projeto muito importante para a história da nossa capital", afirmou o secretário de Gestão, Planejamento e Comunicação, Vander Borges.
O arquivista do Arquivo Municipal, Ewerton Silva Nicolau, explica que são documentos muito antigos e frágeis e, por isso, há um esforço da equipe em conservá-los da melhor maneira.
"A reprodução desse acervo em formato digital pode garantir, primeiramente, sua salvaguarda e, em segundo lugar, mas não menos importante, sua ampla divulgação em novos formatos e plataformas, ao mesmo tempo em que o suporte original esteja protegido e devidamente preservado", afirmou Ewerton.