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Jovens e servidores passam por formação para enfrentar o racismo

Publicada em 14/01/2019, às 17h42 | Atualizada em 14/01/2019, às 19h03

Por Josué de Oliveira, com edição de Josué de Oliveira


Divulgação Semcid
Formação Semcid
Participantes da formação estão sendo conscientizados sobre ações para combater o preconceito racial

Começou nesta segunda-feira (14) a formação "Negritude e seus efeitos: Afroperspectivismo e pensamento", destinada a servidores do Núcleo Afro Odomodê, coletivos que trabalham com recorte racial e jovens de 15 a 29 anos de Vitória.

O encontro, realizado na Casa do Cidadão, em Itararé, termina na próxima quinta-feira (17), sempre às 14 horas, sendo ministrado pelo mestrando em Artes Visuais pela Unicamp, Geovanni Lima.

A iniciativa, realizada pela Secretaria de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid), tem como objetivo capacitar agentes no que diz respeito à formação e à orientação das políticas públicas para a diversidade étnico-racial, a fim de combater o racismo.

Segundo Geovanni, a ideia da formação é refletir sobre o conceito de negritude  e seus desdobramentos na contemporaneidade, sobretudo pensando Abdias Nascimento, artista e intelectual brasileiro indicado ao Nobel da Paz, e seu legado artístico-cultural.

"A proposta principal é fomentar discussões a respeito dos processos de negritude, fortalecer coletivos atendidos pelo Odomodê e estabelecer um campo fértil para os debates étnico-raciais no município", disse Geovanni.

Análise

A metodologia da formação é participativa e permite uma análise consciente de atos, fatos e situações expostos em documentos, textos, vídeos, séries de televisão e outras mídias que estimulam o preconceito racial.

No primeiro dia, o grupo assistiu a um filme ligado ao tema e fez uma análise de seu contexto. Os participantes foram estimulados a desenvolver estratégias para o enfrentamento do racismo.

Para a coordenadora de Políticas para a Juventude da Semcid, Aline Passos, já foi possível fazer uma reflexão sobre racismo e como criar mecanismos para enfrentá-lo.

"No nosso dia a dia, a gente vive diversas situações de preconceito. E essa formação, principalmente para os servidores do Odomodê, vai garantir mais capacitação para que eles possam entender cada vez mais os desafios enfrentados pela juventude negra", disse.


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