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Escola da Vida: Vitória debate ações metropolitanas para população de rua

Publicada em 07/06/2017, às 18h54

Por Edlamara Conti (econtieira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de SEGOV/SUB-COM


André Sobral
Diálogos Rede Gazeta
Gestores, jornalistas e integrantes de movimentos de pessoas em situação de rua participaram de debate

As ações e serviços da Prefeitura de Vitória para transformar a vida de pessoas em risco social estão contemplados no Protocolo de Atendimento à População de Rua da Região Metropolitana. O documento foi elaborado, ao longo de dois anos de discussões, por equipes técnicas e gestores dos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica, Ministério Público e pessoas em situação de rua. O texto será validado no próximo dia 23.

"Vitória contribuiu com as ações e experiências acumuladas, principalmente, a partir da criação da Escola da Vida, em 2013. O espaço cumpre toda a pauta estipulada pela Política Nacional de Atendimento à População de Rua, e já temos vários casos de pessoas que deixaram as ruas, ganharam mais dignidade e começaram uma nova vida", disse a secretária municipal de Assistência Social, Iohana Kroehling.

A secretária apresentou o texto do protocolo no evento "Diálogos Rede Gazeta - Moradores de Rua", realizado nesta quarta-feira (7), no auditório da empresa de comunicação. O debate reuniu jornalistas da rede que abordaram o tema em reportagens para TV, rádio e jornal impresso, além dos prefeitos de Vila Velha, Max Mauro, Serra, Audifax Barcelos, e Cariacica, Juninho. Além disso, participaram do painel representantes dos moradores de rua e integrantes de projetos voltados para o atendimento dessa população. 

Articulação entre municípios

A secretária municipal de Cidadania e Direitos Humanos, Nara Borgo, também acompanhou o debate e garantiu que o evento foi muito importante. Segundo ela, foi possível evidenciar ainda mais a necessidade de uma articulação metropolitana para a garantia dos direitos humanos das pessoas em situação de rua.

Nara pontuou ainda a necessidade da manutenção de um diálogo permanente com os movimentos sociais. "A Semcid vem se reunindo sempre com os movimentos de pessoas em situação de rua e com outras secretarias municipais para desenvolver cada vez mais ações voltadas para garantir os direitos dessas pessoas", disse.

Questão metropolitana

Apesar das ações de cada município, a integração metropolitana vai contribuir muito para o enfrentamento dessa questão, segundo a secretária. "Com o Protocolo de Atendimento, os municípios que ainda não cumprem a Política Nacional terão que se adequar. Quem não tem abrigo vai ter que criar; quem não tem equipe de abordagem social vai ter que criar, e assim por diante", disse.

Redução

A secretária Iohana lembrou que havia, em Vitória, mais de 700 pessoas em situação de rua em 2013. "Reduzimos esse número em 70% já no primeiro ano. Hoje, temos 241 pessoas nas ruas, mas todas elas são acompanhadas diariamente, recebem atendimento em saúde, encaminhamentos para cursos e empregos e uma série de serviços que visam à superação dessa situação".

A secretária ressaltou que os moradores de Vitória podem esclarecer suas dúvidas ou solicitar serviços diretamente pelo Fala Vitória 156.

Escola da Vida

André Sobral
Escola da Vida
Pessoas em situação de rua participam de oficinas e cursos na Escola da Vida

A Prefeitura de Vitória atua por meio de uma rede de serviços para mudar a vida de pessoas que estão em situação de rua, chamada Escola da Vida. Criada em 2013, a escola possibilitou a superação de dezenas de pessoas em risco social que conseguiram vencer as dificuldades e estão reinseridas no convívio social e no mercado de trabalho.

O Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) realiza abordagens diárias às pessoas em situação de rua, e algumas dessas pessoas estão referenciadas no Centro de Referência Especializado de Assistência Social para População em Situação de Rua (Centro Pop), onde podem higienizar-se, alimentar-se e recebem atendimento psicossocial, além de poderem frequentar oficinas.

O trabalho do Seas consiste na tentativa de convencimento tanto para adesão ao Centro Pop quanto para inserção nas políticas públicas com encaminhamento para as áreas de saúde, documentação e outros serviços da rede.

Também é ofertado tratamento para dependência química no Centro de Atenção Psicossocial. Há ainda a equipe do Consultório na Rua, que também realiza atendimentos nos locais e acompanhamento das questões de saúde dessa população. A rede de acolhimento ainda conta com abrigo, albergue, casa lar, casa república e hospedagem noturna.

O trabalho da Abordagem Social não é de retirada da população da rua, mas um trabalho que tem como finalidade a superação da situação de rua. O serviço pode ser acionado via 156 e funciona, inclusive, aos sábados, domingos e feriados.


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