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CVSA coleta caramujos africanos

Publicada em 14/07/2017, às 19h10 | Atualizada em 14/07/2017, às 19h11

Por Milene Miguel, com edição de Rejane Gandini Fialho


Marcos Salles
Caramujos Africanos
Caramujos são resistentes ao frio e à seca e saem à noite para reprodução.

Em épocas do ano em que calor e chuva são frequentes é comum aparecerem os caramujos africanos. Eles são resistentes ao frio e à seca e saem para se alimentar e reproduzir à noite, durante ou logo após as chuvas.

Por esta razão as Equipes do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA) têm atendido demandas e realizado desde o início dessa semana a catação manual de caramujos africanos em alguns bairros da cidade.

O caramujo africano (Achatina fulica) é uma espécie de molusco terrestre tropical, considerada uma das cem piores espécies mais invasoras do mundo, causa sérios danos ambientais. Foi introduzido no país no final da década de 1980, importado ilegalmente do leste e nordeste africanos, trazido como um substituto mais rentável do escargot.

Os caramujos africanos colocam até 500 ovos por ano e têm uma vida média de 5 anos. “Entre as contribuições para a proliferação destes caramujos estão a ausência de predadores naturais e a alta taxa reprodutiva que eles possuem”, afirma o diretor do CVSA, Rogério Almeida.

Doenças

Os caramujos africanos são responsáveis pela transmissão de duas doenças, uma delas a meningite eosinofílica, causada pelo verme Angiostrongylus cantonensis, e a angiostrangilíase abdominal que é causada pelo parasito Angiostrongylus costaricensis e muitas vezes é assintomática.

Cuidados

O CVSA orienta a população a:

- Não ingerir caramujos;
- Lavar sempre frutas e verduras com água e vinagre (1 colher de sopa de vinagre para 1 litro de água);
- Não tocar sem proteção nos caramujos africanos;
- Lavar as mãos com água e sabão, caso haja algum contato com o caramujo;
- Não transportar e não jogar os caramujos africanos vivos em terrenos baldios, ruas, matas, restingas e etc.

Controle

É necessário fazer a coleta de forma manual, utilizando luvas de borracha ou sacolas plásticas nas mãos e queimá-los logo em seguida, verificando posteriormente se todos estão mortos. “O caramujo precisa ser queimado ou destruído por completo, principalmente as conchas, pois elas servem de reservatório para proliferação de mosquitos. Para a queima é necessário utilizar latas ou tonéis”, orienta o diretor.

A queima deve ser feita por um adulto com extremo cuidado, longe de crianças, se possível com orientação do CVSA. Há na Mata Atlântica diversas espécies nativas mas somente o caramujo africano deverá ser coletado.

Veja a diferença


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