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Começa em maio período de defeso do robalo

Publicada em 24/04/2018, às 17h59

Por Amilton Freixo de Brito, com edição de SEGOV/SUB-COM


Divulgação Semmam
Defeso do robalo
Defeso do robalo vai de 1º de maio a 30 de junho, período no qual está proibida a pesca das espécies do peixe

O defeso do robalo, definido pela instrução normativa nº 10/2009 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), começa em 1º de maio e vai até 30 junho, período no qual está proibida a captura de todas as espécies do peixe (Centropomus sp.).

Técnicos da Coordenação de Monitoramento Costeiro e Ecossistemas da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) orientarão os pescadores e ocupantes das embarcações que pescam na costa marítima de Vitória sobre o período de defeso do robalo e a necessidade de preservar a espécie. A Gerência de Fiscalização estará atenta às denúncias, que podem ser feitas através do Fala Vitória 156.

Segundo o Ministério da Aquicultura e da Pesca, "o defeso visa proteger as espécies durante o período de reprodução, garantir a manutenção de forma sustentável dos estoques pesqueiros e, consequentemente, manter a atividade e a renda dos pescadores".

Estudo

O coordenador de Monitoramento Costeiro e Ecossistemas, Paulo Rodrigues, estudou o período reprodutivo no Espírito Santo e a influência dos efeitos climáticos e meteorológicos, como pluviosidade, temperatura do ar e entrada de frentes frias na reprodução dos robalos, o que foi fonte para a criação do período de defeso do robalo no Estado.

O coordenador, que também é oceanógrafo, destacou que o robalo é um dos peixes mais procurados pelos pescadores pela qualidade e valor econômico.

Robalos (Centropomídeos)

Os robalos são peixes ósseos da família Centropomidae, apresentando 12 espécies distribuídas nas áreas tropicais e subtropicais das Américas, nos oceanos Atlântico e Pacífico, coincidindo com a distribuição dos manguezais.

São encontrados nos ecossistemas costeiros, estuários, praias, bocas de rio, recifes costeiros, pântanos salgados, córregos de gramíneas, rios e lagos. Três espécies foram encontradas no Espírito Santo, das quatro ocorridas no Brasil.

Principais espécies em Vitória

Para um olhar destreinado, as espécies de Centropomus são muito parecidas. Elas possuem corpos e nadadeiras similares, com a mesma coloração prateada uniforme com uma escura linha lateral.

A maior espécie é o robalão ou flexa (C. undecimalis), o mais marinho das espécies. O robalo Peba (C. parallelus), de porte médio, diferencia-se destes por apresentar um corpo mais alto, menos alongado e linha lateral e dorso mais claros. Já o robalo pena (C. pectinatus), a menor espécie, é encontrado mais nos rios e lagos.

Pesca

Os robalos são capturados com maior frequência em estuários de rios ao longo de todo o ano. Pelo seu alto valor econômico e qualidade de sua carne, o robalo é um dos principais alvos da pesca das comunidades ribeirinhas, constituindo assim uma das mais tradicionais pescarias artesanais do mundo, além de ser considerado uma das espécies mais procuradas pela pesca esportiva.


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