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Campanha para guarda responsável de animais conscientiza contra maus-tratos

Publicada em 11/09/2017, às 07h00

Por Amilton Freixo de Brito, com edição de Matheus Thebaldi


Divulgação Semmam
Campanha para guarda responsável de animais
Privação das “liberdades” aos animais é o tema tratado neste mês durante a campanha de guarda responsável

O projeto de Educação Ambiental para a guarda responsável de animais domésticos entra seu terceiro mês e dá continuidade à campanha de sensibilização, com o tema "Maus-tratos". A ação durará 12 meses e envolverá 11 temas relacionados aos cuidados com os animais.

As atividades são desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Serviços Urbanos (Semmam), através da Gerência de Educação Ambiental, com apoio da Gerência de Bem-Estar Animal e do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA) da Secretaria Municipal de Saúde (Semus).

O que são maus-tratos?

Em 1965, na Inglaterra, foi elaborado, pelo Comitê Brambell, um relatório que até hoje é considerado um dos marcos referentes ao tema "bem-estar animal". Ele define itens que expressam as chamadas "cinco liberdades" dos animais, isso é, o que deve ser feito para libertar o animal dos maus-tratos e, consequentemente, proporcioná-lo bem-estar. São eles:

  1. Liberdade de sede, fome e má nutrição (nutricional)
    Disponibilizar alimentos e água em quantidade e qualidade adequadas ao animal, por meio de comedouros, bebedouros e demais utensílios íntegros, limpos e adequados ao uso. Ou seja, fornecer alimentação específica para a espécie e apropriada em termos de frequência e quantidade, além de água limpa, fresca e de fácil acesso.
  2. Liberdade de dor, ferimentos e doença (sanitária)
    Evitar causar problemas de saúde ao animal, como doenças e ferimentos, além de proporcionar visitas ao veterinário de forma preventiva ou em casos de emergência.
  3. Liberdade de desconforto (ambiental)
    Adequar as instalações e ambientes em que os animais frequentam ou vivem, de acordo com suas características físicas e comportamentais, ou seja, identificar se os abrigos possuem proteção contra sol, chuva e outras intempéries, seus níveis de conforto, facilidade de higienização e se não causam ferimentos ou outros problemas físicos; verificar se no espaço há possibilidade de realização manifestações características da espéci; e se há conforto térmico, com ventilação adequada e possibilidade de adequação de temperatura.
  4. Liberdade para expressar seu comportamento natural (comportamental)
    Proporcionar ao animal condições e recursos ambientais apropriados para que ele se comporte naturalmente. Isso envolve a não humanização do bicho, ou seja, deixar o cachorro ser cachorro, o gato ser gato, e assim por diante, por meio de liberdade de movimento, de contato social com outros animais, inclusive com o ser humano.
  5. Liberdade de medo e estresse (psicológica)
    Avaliar as quatro "Liberdades" anteriores, observando se o animal está sofrendo psicologicamente e/ou emocionalmente.
Yuri Barichivich
Feira de Adoção
Campanha orienta sobre o que deve ser feito para libertar o animal dos maus-tratos e, consequentemente, proporcioná-lo bem-estar

Diante disso, é possível identificar o que são maus-tratos, a partir da privação das “liberdades” aos animais.

Bem-estar animal

A Prefeitura de Vitória, através da Semmam, acompanha o movimento mundial que potencializa a sensibilidade quanto à causa animal e desenvolve, desde 2014, ações e atividades voltadas à temática "bem-estar animal".

Em Vitória, a principal lei que trata do tema é a de nº 8121, que estabelece normas para os tutores de animais domésticos e/ou domesticados e proíbe o abandono dos mesmos, tanto em locais públicos, quanto em particulares.

Denúncias devem ser feitas no Fala Vitória 156.


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