Prefeitura de Vitória

Quase todos os dias, um caminhão chega carregado de frutas, verduras ou legumes no Banco de Alimentos Herbert de Souza (BAHS), em Jardim da Penha. Somente nos últimos dias, foram centenas de caixas de manga, banana, alface, tempero verde e mais uma variedade de produtos perecíveis.

Essa rotina foi possibilitada pelo uso, a partir de janeiro, de uma câmara de resfriamento e outra de congelamento, que integram o projeto de modernização e ampliação da unidade. "Com o projeto, conseguimos dobrar a quantidade de perecíveis recebidos no primeiro bimestre deste ano", comemorou a secretária de Assistência Social, Iohana Kroehling.

Foram captadas 8,3 toneladas de alimentos em janeiro e fevereiro de 2018, enquanto, no mesmo período do ano passado, o banco recebeu 4,2 toneladas de doações.

Após uma seleção, que resulta no descarte dos produtos que estão impróprios para o consumo, eles são repassados para serviços e organizações que atendem famílias cadastradas em programas sociais de Vitória. Em 2017, foram captadas 40 toneladas de alimentos, beneficiando 53 entidades e 8.692 famílias.

Melhor do Brasil

No ano passado, o projeto de ampliação do BAHS foi habilitado em primeiro lugar entre municípios de todo o Brasil para captação de recursos junto ao Ministério do Desenvolvimento Social. Os recursos - R$ 330 mil - estão sendo aplicados na aquisição de bens permanentes, que incluem um caminhão baú.

Um dos maiores doadores é o Carrefour, que desenvolve o programa "Parceria que Alimenta" em todo o País. No Espírito Santo, no ano passado, o grupo doou 9,3 toneladas de alimentos secos e perecíveis. 

"Queremos que mais empresas participem desse projeto, que combate o desperdício, ao mesmo tempo que enriquece a alimentação oferecida às famílias assistidas nos equipamentos da Semas e nas instituições parceiras", convidou Iohana.

Controle de qualidade

Com o caminhão próprio do Banco de Alimentos, a equipe busca os produtos nas unidades doadoras. Os produtos são selecionados pela equipe coordenada pela nutricionista Marcelia de Souza e apenas as unidades consideradas próprias para o consumo são repassadas.

"A responsabilidade técnica de avaliar e repassar para o consumo é do Banco de Alimentos. Os doadores não precisam se preocupar", disse a nutricionista.

Atualmente, os alimentos são doados por agricultores capixabas, supermercados, hortifrutis e o Mesa Brasil Sesc.

Os produtos são repassados para serviços como Centro de Convivência para Terceira Idade (CCTI), Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), Centro de Referência em Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado de Assistência Social para População de Rua (Centro-Pop), as unidades de acolhimento de adultos e de crianças e os Cajuns, além de organizações como a Associação de Amparo à Velhice Desamparada de Vitória e o Instituto João XXIII.