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Alunos surdos vão acompanhar produção de mel e conhecer espécies de abelhas
Publicada em 09/08/2018, às 17h25 | Atualizada em 09/08/2018, às 17h26
Por Alan Rodrigues Costa (akrcostaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Josué de Oliveira
Nesta sexta-feira (10), os mais de 40 estudantes surdos da rede municipal de ensino participam de uma divertida ação educativa, proposta pela coordenação de Educação Especial da SEME.
Eles irão visitar um Centro Cultural e Ambiental e conhecer de perto a estrutura de um Meliponário, que é um conjunto de colmeias cujas abelhas são de espécies nativas e sem ferrão. Essas espécies são fundamentais para os ecossistemas locais e também para a alimentação humana.
“Entre obras de artes, fotografias e filmes exibidos no centro, os estudantes também terão a oportunidade de conhecer um meliponário de perto, acompanhando a produção do mel, o processo de construção das colméias e as diferentes espécies de abelhas”, explica Ana Lúcia Sodré de Oliveira, da coordenação de Educação Especial.
A visita faz parte de uma série de ações propostas pela Secretaria de Educação de Vitória, que promove eventos periódicos entres estudantes e crianças surdas para valorizar a Língua Brasileira de Sinais a Libras.
“Essas ações tornam a linguagem ainda mais viva e promovem de maneira muito eficiente o contato com diferentes aspectos do conhecimento, nesse caso com questões ambientais”, pontua Ana Lúcia.
Educação em Libras
A Política de Educação de Surdos da rede municipal de ensino de Vitória incorpora o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua e a modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda, numa perspectiva bilíngue.
O objetivo dessa política é garantir o processo de escolarização dos estudantes e crianças surdas em sala de aula no horário regular e no Atendimento Educacional Especializado, ofertado no contraturno escolar.
Professores especializados
Atualmente rede municipal de educação de Vitória conta com 42 estudantes surdos, que são assistidos por 40 profissionais especializados. Desse total de profissionais, 17 são professores bilíngues, 9 são tradutores e intérpretes de Libras e 14 são professores de Libras, sendo esse último cargo ocupado por profissionais surdos. É importante ressaltar que esses profissionais atuam também com a comunidade escolar, ofertando momentos de aprendizado em Libras para familiares e moradores.